Leitura e reflexão: Brevidade.

Foto: Google Imagens 

 Brevidade


Quanto tempo dura a vida?
Dura até a morte chegar!
Quando chega a morte?
Quando Deus do céu mandar. 

Quanto tempo dura o luto?
O tempo que a saudade ficar.
Quanto tempo fica a saudade?
O tempo que Deus do céu deixar.

A morte não tem prediletos e nem velhos amores,
Leva aquele que nem sempre estamos a esperar.
A morte é cruel, sem coração nem piedade,
Ceifa vida e deixa órfãos, viúvos e amantes de todas as idades.

As poesias póstumas não são populares,
Será que pensam que dá azar ou não gosta da dor lembrar?
Escolhi ser poeta eclético, falarei de tudo o que na vida passar,
Seja alegria, seja dor, seja vida seja morte,
Como poeta não posso calar.

Não enfeitarei velórios com flores mortas, seria muita morte num só lugar,
Enfeitarei com palavras, lembranças, lágrimas e até sorriso por aquele que foi e não voltará.
Se pudesse eternizava todos quanto amo, para sempre com eles ficar,
Mas não tenho este poder, então só me resta chorar.
Não, na minha dor falarei como o poeta:
“Nuvem alta, nuvem alta,
Porque é que tão alta vais?
Se tens o amor que me falta,
Desce um pouco, desce mais!”
A circunstância não mudará devido a meras palavras,
Mas eu mudei, quero viver a cada instante que nos resta intensamente,
É a todo momento e a toda gente valorizar.


Autor: Luis Alexandre Ribeiro Branco




Tambem publicado em:

Verdade na Prática 

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Cascais - Lisboa - Portugal

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Geraldo Brandão

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