Microcontos: Estante CDXII...

Foto: Ilustração

Nesta coluna, teremos sempre alguns pequenos textos conhecidos como microcontos. Parece simples compô-los, mas não o é. Para os compor, o autor deve dispor de uma boa ideia primária a ser desenvolvida, combinada com alguma habilidade para brincar com as palavras, tudo a se encaminhar para um final contraditório, nalguns casos, ou surpreendente, noutros. 

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Eram da turma do gargarejo. Sentavam-se sempre na primeira fila para gargarejar com Anapion, irritando os cantores e os funcionários da casa de espetáculos.

Autor: Gustavo do Carmo

Foco

— Às vezes eu me acho um pouco desatento... disperso...

— E por que você acha isso?

— “Isso” o quê?

Autor: Marcos Mairton

 

O tombo

Caiu em si.

Foi o maior tombo da vida.

Autora: Zi Carloni

Desastre na praça

Ele quebrou o banco. Era muito pesado.

 

Autor: Magno Reis Andrade

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  As gritarias na casa do vizinho o assustou. Não sabia o que deveria fazer.

Então parou.

Autor: Lucas Beça

Sinestesia

O cheiro do perfume que restara no frasco causava lhe um gosto amargo na boca.

Veneno, dizia o rótulo.

Autor: Cynthia Nogueira 

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Geraldo Brandão

Também publicado em

Umas Linhas

Santa Isabel - São Paulo - Brasil

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