Microcontos: Estante CDII...

Foto: Ilustração

Nesta coluna, teremos sempre alguns pequenos textos conhecidos como microcontos. Parece simples compô-los, mas não o é. Para os compor, o autor deve dispor de uma boa ideia primária a ser desenvolvida, combinada com alguma habilidade para brincar com as palavras, tudo a se encaminhar para um final contraditório, nalguns casos, ou surpreendente, noutros. 


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— Calma que o petróleo é nosso! – Não! É nosso! Vocês pegaram todos os nossos royalties para distribuir entre os seus aliados. Discutiram o governador fluminense e o deputado catarinense.


Autor: Gustavo do Carmo




Educação formal


Pediu licença antes de se retirar da mesa, o que poderia ter sido um sinal de boa educação.

Mas, no tom em que foi feito, o pedido soou como se gritasse:

— Vão todos à merda!

Os que permaneceram tentaram agir como se nada houvesse acontecido.



Autor: Marcos Mairton


 


Povo sofrido


Trabalhou demais, recebeu de menos.
Chorou demais, sofreu demais, sorriu de menos.
 Temeu demais.
Venceu.
Caiu de maduro.
Podre demais.


Autora: Zi Carloni





A quiromante


Quando ele dorme, a mulher lê-lhe a mão. Não é cigana, mas não se engana. Descobre tudo.

 


Autor: Magno Reis Andrade




1443


   - Tome seus remédios na hora certa, tá bom?

        - Tá.

        - Ficou claro? Hora certa!

        - Sim.

        ...

        - Tem certeza de que ficou claro?



Autor: Lucas Beça




Trocadilho



Tinha uma personalidade tóxica.
Sr. Peçonha era um sujeito que inoculava maldade com suas palavras.
O erro ortográfico do Escrivão marcara sua vida.


Autor: Cynthia Nogueira 



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Geraldo Brandão


Também publicado em


Umas Linhas


Santa Isabel - São Paulo - Brasil


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