Microcontos: Estante CCCDVI...

Foto: Ilustração

Nesta coluna, teremos sempre alguns pequenos textos conhecidos como microcontos. Parece simples compô-los, mas não o é. Para os compor, o autor deve dispor de uma boa ideia primária a ser desenvolvida, combinada com alguma habilidade para brincar com as palavras, tudo a se encaminhar para um final contraditório, nalguns casos, ou surpreendente, noutros. 


232


— Vem! Vai ter bolo. Convidava para o seu aniversário. Teve torta realmente, mas os colegas de faculdade deram um bolo e não apareceram.


Autor: Gustavo do Carmo




Perdas


Perdeu o amigo, mas não perdeu a piada, que estava anotada em um papel, em seu bolso. Já o amigo, completamente bêbado, havia se misturado aos brincantes de um bloco de carnaval que passava.



Autor: Marcos Mairton


 


Gente ruim


Ela é o último remédio genérico na farmácia clandestina da Comunidade.


Autora: Zi Carloni





O desatento


Enquanto cortava o cabelo dos clientes, o cabeleireiro músico cantarolava feliz da vida. De repente, o cliente perguntou-lhe se cortava pelo de ouvido. Distraidamente, respondeu-lhe que não, só por música.

 


Autor: Magno Reis Andrade




1244


   As palavras vem e vão, de tempos em tempos, até que param de vir e só sobra o silêncio, apenas o silêncio. Mas sempre dá pra cantar uma música, ligar o rádio, ou falar sozinho.


Autor: Lucas Beça




730


O amor fez morada no seu coração.
Mas todos os amores decidiram ser apenas inquilinos.


Autor: Cynthia Nogueira 




-----------------------------------


Geraldo Brandão


Também publicado em


Umas Linhas


Santa Isabel - São Paulo - Brasil


Conheça AQUI os escritores.


SIGA-NOS

Para seguir o Jornal da Cabriola e receber nossas atualizações clique na imagem abaixo:

Se não entrar CLIQUE AQUI