Foto: Verdade na Prática |
Na escuridão da noite
Na escuridão da noite,
Ouço a voz do silêncio.
Solitário numa madruga que insiste em não chegar ao fim,
Sinto a presença dos que a longo tempo deixaram-me.
Não, não é fantasma ou espírito,
Mas a lembrança continua que nunca se desvanece.
Minha alma é pura confusão,
Confusão que envolve seres, lembras, pessoas e amores.
Não, não busco uma resolução antagônica à minha vontade.
Quero continuar perdido na escuridão da noite,
Nela não há conforto,
Há apenas a sensação de que no escuro experimento a liberdade.
Hoje eu não vi flores,
Certamente que elas estavam pelo caminho,
Mas a minha insensibilidade tamparam-me os olhos.
Será este o motivo deste sentimento de falta de ligação com o mundo?
Se pudesse voltar atrás,
Saudaria todas as flores do caminho e seria mais humano.
A escuridão da noite,
Outrora por mim tão temida.
Hoje é como um sábio calado sentado ao meu lado.
Ouço sua voz, mas não percebo muito bem.
Sinto uma necessidade de reconciliar-me com a minha humanidade,
Quem sabe é esta a voz que ouço.
Autor: Luis Alexandre Ribeiro Branco
Tambem publicado em:
Cascais - Lisboa - Portugal
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Geraldo Brandão
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