Microcontos: Estante CDXIV...

Foto: Ilustração

Nesta coluna, teremos sempre alguns pequenos textos conhecidos como microcontos. Parece simples compô-los, mas não o é. Para os compor, o autor deve dispor de uma boa ideia primária a ser desenvolvida, combinada com alguma habilidade para brincar com as palavras, tudo a se encaminhar para um final contraditório, nalguns casos, ou surpreendente, noutros. 


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Batizou seu filho com o nome de um amigo virtual para homenageá-lo. Separou-se da mulher e perdeu contato físico com o filho, com quem só conversa agora pela internet.


Autor: Gustavo do Carmo




Idade da razão



— Cheguei a uma idade em que já não tenho mais receio de fazer um elogio e ser mal interpretado. Elogio quem eu ache que mereça, de corpo presente!
— E faz críticas assim também?
— Já superei a fase de criticar. Quem quiser saber seus defeitos que descubra sozinho. Ou, pelo menos, sem a minha ajuda.


Autor: Marcos Mairton


 


599


Não chega nunca ao destino proposto, porque sempre volta atrás. Assim, não corre o risco de se perder no caminho.


Autora: Zi Carloni





Tique-taque


Ao longo do tempo, veio guardando os tique-taques do seu antigo relógio de parede, do qual ninguém podia aproximar-se. Hoje, com a memória comprometida, esqueceu-se dos taques. Continua, contudo, com todos os tiques.

 


Autor: Magno Reis Andrade




1199


  Teve que respirar fundo para não perder a cabeça.


Autor: Lucas Beça




Equilíbrio


Jogou tudo para o alto!

O peso daquele relacionamento era insuportável para o malabarista.


Autor: Cynthia Nogueira 



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Geraldo Brandão


Também publicado em


Umas Linhas


Santa Isabel - São Paulo - Brasil


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