De reformas à tecnologia na saúde: presidenciáveis apresentam propostas no 1º debate na TV

Candidatos evitaram confronto direto e deram mais atenção a temas como segurança e desemprego


Os candidatos ao Palácio do Planalto se reuniram nesta quinta-feira (9) para o primeiro debate das eleições na televisão. O encontro promovido pela TV Band foi dividido em cinco blocos com perguntas dos presidenciáveis entre si, dos jornalistas do grupo Bandeirantes e uma pergunta dos leitores do jornal Metro.
O primeiro bloco foi destinado a um questionamento em comum a todos os candidatos. A pergunta feita pelos leitores do jornal Metro era referente à primeira medida a ser adotada pelo futuro presidente em relação ao desemprego. Atualmente, segundo o IBGE, 13 milhões de brasileiros não estão no mercado de trabalho.

Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu a retomada da confiança de investidores no Brasil, o que abriria o mercado nacional e, consequentemente, geraria empregos. Na mesma linha, Henrique Meirelles (MDB) lembrou que, durante o tempo em que esteve à frente do Banco Central, 10 milhões de empregos foram criados no país.
Jair Bolsonaro (PSL) discursou a favor da desburocratização do país, o que, segundo ele, impede a abertura de negócios. Já Ciro Gomes (PDT) prometeu a geração de 2 milhões de empregos no primeiro ano de governo e o pagamento de todas as dívidas dos inadimplentes do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
O segundo bloco teve a primeira rodada de perguntas dos jornalistas da Band aos candidatos. Os temas discutidos passaram por segurança pública, reformas estruturais e investimento em ensino básico.
A respeito de segurança pública, Geraldo Alckmin destacou que pretende combater o crime organizado através da integração das forças de segurança.
“Nós vamos enfrentar duramente o crime organizado, especialmente a questão de fronteiras, tráfico de drogas e tráfico de armas, integrando as inteligências das forças armadas da Polícia Federal dos estados também. Criar uma guarda nacional, para, inclusive, proteger a área rural”.
Em outra frente do debate, os candidatos foram perguntados a respeito das reformas da Previdência e Trabalhista. Ao lado de Guilherme Boulos, Ciro Gomes foi o único candidato a se mostrar contra as mudanças, especialmente na área do trabalho.
“Vou propor uma nova reforma Trabalhista que corrija as imperfeições da legislação que é antiga. Essa que foi feita aí é uma selvageria. A Previdência, esse sistema que está aí, é irreformável. A nossa população envelheceu e essa brutal quantidade de pessoas na informalidade simplesmente evadiu-se de qualquer financiamento da Previdência”.
Em relação à educação, todos os candidatos defenderam o aumento do investimento no ensino básico. Jair Bolsonaro, inclusive, defendeu a criação de mais escolas militares no Brasil.
“Gasta-se muito pouco em ensino básico levando-se em conta o que se gasta no ensino superior. Em havendo meios, nós devemos fazer sim um colégio militar em cada estado, cuja a capital não o tenha. Aqui em São Paulo pretendemos fazer o maior colégio militar do Brasil, no Campo de Marte. Então, eu entendo que restabelecendo a autoridade, invertendo essa pirâmide de gastos, nós podemos atingir o objetivo final que é dar uma educação de qualidade para a garotada do Brasil”.
Pouco discutida durante o debate, a área da saúde foi tema do quarto bloco. O candidato do MDB, Henrique Meirelles, quando perguntado sobre a burocratização do sistema no Brasil, apresentou uma proposta de governo que pretende usar a tecnologia em favor da população.
“Pode-se resolver grande parte desses problemas com sistema digital, que é transparente, que é rápido, e que pode, em última análise, ser usado pelo cidadão de uma maneira que, por exemplo, você pode chegar, fazer seu exame médico, ter um cartão que registra tudo aquilo que foi diagnosticado e todos projetos e todos os remédios que você tomou, registados no momento em que você chega no médico”.
No quinto e último bloco os candidatos tiveram um minuto e meio para considerações finais. Os presidenciáveis voltam a se encontrar na televisão para novo debate no dia 17 de agosto, às dez horas da noite, na RedeTV.

Reportagem, Thiago Marcolini

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