Conduta foi repudiada pelo clube nas redes sociais; diretoria teme punição pelo STJD
Domingo, futebol e homofobia. As tardes de domingo do Brasileirão costumam ser assistindo a um jogo de futebol ou até mesmo indo ao estádio para acompanhar seu clube favorito. O Mineirão, nesse domingo, foi palco de um episódio lamentável, um canto entoado por parte da torcida do Atlético Mineiro.
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Após a repercussão negativa, o clube alvinegro se manifestou nas redes sociais e repudiou o ato de seus torcedores.
“Se tem uma concentração significativa de pessoas, isso faz com que o grupo se coloque numa condição de não ameaçado. Então, há uma certa força que gera um grau de certeza da impunidade, que faz com que a força da multidão amplifique discursos retraídos em um contexto individual.”
Não é a primeira vez em que casos assim acontecem no Brasil. Ainda em 2018, é comum ouvir nos estádios o grito de "bicha" sempre que um goleiro adversário cobra o tiro de meta.
O professor e especialista em direito penal, Yuri Sahione, explica que os envolvidos sejam enquadrados apenas no Estatuto do Torcedor.
O professor e especialista em direito penal, Yuri Sahione, explica que os envolvidos sejam enquadrados apenas no Estatuto do Torcedor.
“A ofensa é generalizada e não direcionada a uma determinada pessoa, então na conjugação desses crimes que estão relacionados à ofensa, há um descasamento da lei. Então, a gente é obrigado a recorrer ao Estatuto do Torcedor, que tem esse crime de incitação à violência nos estádios.”
Caso sejam denunciados, os torcedores envolvidos no caso podem pegar até dois anos de prisão. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) analisa a possibilidade de penalizar o clube mineiro pelos gritos homofóbicos que parte da torcida cantou na partida.