HuffPost Brasil | De Rafael Nardini
Por incrível que possa parecer, Manny Pacquiao não está acabado. Jogado às cordas pela patrocinadora, a Nike, o pugilista filipino continua extremamente popular.
E não parece estar arrependido. Nesta quinta, ele chegou a dizer que sentiu-se "aliviado porque muitas pessoas ficaram alarmadas com a verdade" (sobre os ataques ao casamento entre pessoas do mesmo sexo). Ele também não se abalou nenhum um pouco com o final do acordo com a Nike: "Qualquer que seja decisão, eu respeito. Nosso contrato já havia acabado... eles me apoiavam apenas com o boxe".
Até aqui, o caminho parece livre para que ele consiga uma vaga no Senado das Filipinas nas eleições gerais de 9 de maio.
Lembrando: Pacquiao comparou os gays à animais. A Nike rapidamente agiu e repreendeu seu ex-contratado, classificando as ofensas como "detestáveis". O contrato foi rompido imediatamente.
O país asiático, considerado conservador e de maioria absoluta católica - cerca de 80% dos 100 milhões de habitantes -, pode dar ao lutador uma das 12 cadeiras no Senado.
Benito Lim, professor de ciência política da Universidade Ateneo de Manila, ouvido pela Reuters, diz:
"Pacquiao ofendeu claramente a comunidade de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros com seus comentários sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas este grupo representa uma minoria, e isso não irá afetar a popularidade do boxeador entre os eleitores".
"Ele ainda pode vencer as eleições", confirma, o professor.
O que pode então derrubar a popularidade do extremamente habilidoso lutador de 37 anos? Uma derrota frente Timothy Bradley, em abril.