Cruz Vermelha e ONU fazem apelo para a proteção de vítimas de conflitos

Da Agência Lusa Edição: Kleber Sampaio

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, e o presidente do comitê internacional da Cruz Vermelha, Peter Maurer, lançaram hoje um apelo urgente e “sem precedentes” para ações concretas visando proteger vítimas de conflitos.



“Raramente vimos tantos refugiados, tantos focos de instabilidade e tanto sofrimento”, afirmou o presidente da Cruz Vermelha, considerando que, nos conflitos armados no Afeganistão, no Iraque, na Nigéria e no Sudão do Sul, entre outros, são desafiados os direitos mais elementares da humanidade.

Cerca de 60 milhões de pessoas em todo o mundo se viram obrigadas a abandonar suas casas este ano devido a situações de conflito e de violência, um número sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial.

“Perante esta evidente falta de humanismo, o mundo tem revelado uma paralisia perturbadora”, declarou Ban ki-Moon, defendendo que a comunidade internacional tem que agir imediatamente.

Para ele, "a comunidade internacional tem que respeitar os seus compromissos ao abrigo do direito internacional humanitário".

"Hoje, falamos a uma só voz para incentivar os estados-membros a tomarem medidas concretas e imediatas que ajudem as vítimas dos conflitos”, declarou.

Ban Ki-Moon disse que “mesmo a guerra tem regras, que têm que ser respeitadas”.