Arte e herança africana em cartaz nos museus Dimus/Ipac

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Ibejis etnia Iorubá - Arte e herança africana no Solar Ferrão (Foto: Fernando Barbosa / Ipac)


O Novembro Negro está sendo celebrado com uma série de atividades nos museus administrados pela Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (DIMUS/IPAC-BA): Centro Cultural Solar Ferrão, Museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica e Museu Tempostal (todos no Pelourinho).


O Museu Udo Knoff recebe no dia 20 de novembro, dia da consciência negra, às 18h, a 3ª edição da exposição "Coroa de Ouro: Torços e Turbantes”, de autoria da cabeleireira, esteticista afro e hair designer Negra Jhô. Filha de Ogun com Iansã, a estilista é conhecida por seus projetos que visam promover a autoestima e o orgulho pela identidade negra. Nesta mostra, Negra Jhô traz 21 turbantes estilizados, confeccionados pelo Instituto Kimundo.

Além da exposição, também serão realizadas mediações e oficinas de turbantaria e estamparia afro promovidas pela própria Negra Jhô e pelo setor educativo do museu. No encerramento da exposição – em 25 de janeiro de 2019 - o público poderá apreciar 21 modelos num desfile que mostrará os torços e turbantes da mostra, além de indumentárias produzidas por estilistas e grifes afro-baianas.

Dando continuidade à programação, O Museu Udo Knoff promove, no dia 21, às 14h, a palestra "Super-heróis negros nos quadrinhos” com o historiador e mestre em história Sávio Roz. No dia 22, às 14h, acontece na Praça das Artes o “POEMUSIK: Poesia Musicada”, com o tema ancestralidade baiana.

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A programação Museu Tempostal conta com a participação do historiador Sávio Roz com bate-papo no dia 20, às 14h, com o tema “A evolução dos personagens negros nas histórias em quadrinhos”. No dia 21, às 14h, o museu fará uma conversa com a socióloga e youtuber Rose Hapuque, sobre a representatividade negra na atualidade. Fechando a programação do museu nesta semana, já no dia 22, às 15h, acontece a mesa redonda “Ancestralidade: efetividade x afetividade: o cuidar dos terreiros” com o historiador Tiago Coutinho.

Arte Africana – No dia 23, às 15h, o Centro Cultural Solar Ferrão reabre as três salas que abrigam a Coleção de Arte Africana Claudio Masella com bate-papo com o curador Ademir Ribeiro. Para a nova exposição foram selecionadas 161 peças, divididas em três núcleos expositivos que exploram o colecionador (e sua coleção), a questão das identidades africanas e a ancestralidade africana e afro-brasileira.

De acordo com o curador, os objetos que são chamados de forma genérica por “arte africana”, como os exibidos nesta mostra, foram interpretados de forma distorcida pelas sociedades ocidentais, considerados primitivos. “A mudança dessa mentalidade ocorreu a partir do início do século XX, principalmente dentro do campo artístico, quando pintores e escultores engajados em movimentos de vanguarda valorizaram a arte africana e asiática como fontes de inspiração para a renovação da arte europeia. Tendo em vista que até hoje a arte africana é mal compreendida, são explorados nesta exposição os múltiplos sentidos dados a esses objetos em suas sociedades originárias”.

Solar Ferrão: 
Visitação: terça a sexta das 10h às 17h; sábado, das 13h às 17h. Entrada: grátis. Endereço: Rua Gregório de Mattos, 45 - Pelourinho, Salvador (BA). Contato: (71) 3116- 6743.

Museu Tempostal: Visitação: terça a sexta das 10h às 17h; sábado, das 13h às 17h. Entrada: grátis. Endereço: Rua Gregório de Mattos, 33, Pelourinho – Salvador (BA). Contato: (71) 3117-6383.

Museu Udo Knoff: Visitação: terça a sexta das 10h às 17h; sábado, das 13h às 17h. Entrada: grátis. Endereço: Rua Frei Vicente, nº 03, Pelourinho – Salvador (BA). Contato: (71) 3117-6389.
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