Candidatos à presidência comentaram o ocorrido nas redes sociais e criticaram o atual governo pelo corte de verbas destinadas à cultura
Por Clara Sasse
O incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, gerou mais críticas ao governo de Michel Temer (MDB). Presidenciáveis lamentaram o ocorrido e ressaltaram a falta de verba direcionada para cultura. O incêndio teve início por volta das sete horas da noite de domingo (2) e só foi controlado após mais de seis horas. O fogo atingiu mais de 20 milhões de itens do acervo.
O candidato do MDB, Henrique Meirelles, lembrou que, além do acervo cultural, o prédio foi onde “viveu a família imperial e foi sediada a primeira Assembleia Constituinte republicana” no Brasil. Geraldo Alckmin, do PSDB, prestou solidariedade a “todos os cidadãos brasileiros” pela perda do patrimônio.
Marina Silva, da Rede, culpou o baixo orçamento destinado à manutenção do museu. Ela disse que “infelizmente, dado o estado de penúria financeira da UFRJ e das demais universidades públicas nos últimos três anos, esta era uma tragédia anunciada”. Com forte crítica ao atual governo, Guilherme Boulos, do PSOL, destinou a culpa aos “cortes criminosos de Temer”.
Concorrente ao Planalto pelo Novo, João Amoêdo alegou que o incêndio é “resultado da falta de gestão e do abandono político” que acontece no Brasil. Fernando Haddad, do PT, recordou outros monumentos, como o Instituto Butantã e o Museu da Língua Portuguesa, que, segundo ele, já sofreram com o “descaso com o patrimônio histórico”.
O candidato do Podemos, Álvaro Dias, destacou a importância dos itens que foram destruídos, mas não apontou nenhum culpado. Ciro Gomes, do PDT, reproduziu a iniciativa dos estudantes da Unirio para iniciar a reconstrução do museu. Os alunos de museologia pediram “a todos que possuem fotografias, vídeos e até selfies do acervo e espaços expositivos que compartilhem através de e-mail”.