PNAD aponta 13 milhões de desempregados no país

Taxa de pessoas que desistiram de procurar emprego é a maior da histórica

A porcentagem de brasileiros desocupados atingiu a marca de 12,4% no segundo trimestre de 2018. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em números gerais, isso significa que quase 13 milhões de pessoas estão sem emprego no país.
Taxa de pessoas que desistiram de procurar emprego é a maior da história

Ainda segundo o levantamento, há uma diferença geográfica nos índices de desemprego. A PNAD aponta para uma maior quantidade de desempregados na parte norte do país. Amapá e Alagoas concentraram as maiores taxas de desocupação do país. Em contrapartida, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão entre os estado com as menores taxas de desocupação.
Cimar Azeredo é coordenador do trabalho e rendimento do IBGE. Ele explica as raízes dessa diferença de resultados por região.

“Isso está muito relacionado, por exemplo, o Sudeste fica mais próximo da média junto com o Centro-Oeste. Isso está muito relacionado à estrutura econômica local. Onde você tem um desempenho mais fraco quando a estrutura é mais informalizada, menos oportunidade de emprego, onde você tem uma população jovem mais forte, menos oportunidade em termos de indústria, agricultura, até mesmo de serviços naquela determinada região.”

ELEIÇÕES 2018

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Cobertura jornalística das eleições, focada nos interesses dos cidadãos

Outro ponto que Cimar destaca é a taxa de desalentos, que são pessoas que estão sem trabalho e desistiram de continuar procurando emprego. Atualmente, essa parcela da população corresponde à 4,8 milhões no segundo trimestre de 2018. Esse número é o maior de toda a história. Mais uma vez, Alagoas lidera o ranking negativo, com o maior percentual de pessoas nesta situação.

O estudo também levanta a questão da carteira de trabalho. Neste segundo semestre de 2018, o número de empregados com carteira assinada estava em 74,9%, move pontos percentuais a menos que na mesma época no ano passado. Houve queda também entre os trabalhadores domésticos, que hoje são 29,4%, abaixo dos 30,6% no segundo semestre de 2017.


Reportagem, Raphael Costa

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