“Zap Zap”, redes sociais e aplicativos são trunfos dos candidatos na busca por votos na internet

Usuários de aplicativos eleitorais devem ficar atentos para não terem dados pessoais expostos, alerta especialista

Divulgação Internet
As redes sociais são espaços muito disputados pelos pré-candidatos à presidência nas eleições deste ano, e a criatividade em se apresentar ao eleitor nos ambientes virtuais pode ser o diferencial para a conquista de votos.
Todos os pré-candidatos têm páginas e perfis oficiais nas redes, como Facebook, Twitter e Instagram. No entanto, a busca por eleitores pode ir além das “curtidas” nos perfis sociais.
O pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, por exemplo, lançou um aplicativo para smartphones em que o provável eleitor poderá acompanhar os passos do pré-candidato e fazer parte de grupos exclusivos.
No entanto, a pessoa que se interessar por esse tipo de aplicativo deve ficar atenta. O especialista em Internet e Segurança na Rede, da Universidade de Brasília, Marcello Barra, alerta que esses aplicativos, ao serem instalados no telefone, podem ter acesso às informações pessoais do usuário.
Ele recomenda que o usuário interessado em baixar essas ferramentas busque ler com atenção as normas de uso e observe se o partido do pré-candidato deixa claro de que forma vai usar os dados dos eleitores.
“É uma ferramenta legal, bacana, mas o candidato, ao oferecer, tem que explicitar, dizer, deixar muito evidente, e não em letras minúsculas, letras muito pequenas, aquelas informações que estão sendo retiradas do eleitor, do usuário e qual a finalidade. Tem que, realmente, ter o consentimento, a aprovação de usuário em relação aquele aplicativo”.
Já o pré-candidato do MDB, Henrique Meirelles, aposta no WhatsApp como ferramenta de comunicação com o eleitor. Meirelles disponibilizou um número de telefone que permite ao usuário enviar e receber mensagens instantâneas do ex-ministro da Fazenda.
Para Marcello Barra, o uso do WhatsApp, da forma como Meirelles usa, é positivo porque oferece ao usuário mais liberdade e aproximação com o candidato, diferente dos aplicativos, por exemplo.
“Do ponto de vista de quem tem recursos para fazer esse tipo de marketing é positivo para o candidato, candidata que detém esses recursos. Quem vai votar pode, também, usar esse número e dizer: vou usar esse número para lhe ligar. Porque também você guarda, nesse sentido, uma maior liberdade em relação ao candidato”.
O Tribunal Superior Eleitoral regulou o uso das redes sociais nas eleições e impôs limites que todos os candidatos devem seguir. Na internet, as propagandas eleitorais só vão poder ser realizadas em sites oficiais dos candidatos, partidos e coligações.
Reportagem, Cristiano Carlos

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