Via Láctea cresceu de dentro para fora, mostra pesquisa brasileira

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   As primeiras entre as centenas de bilhões de estrelas da Via Láctea podem ter começado a brilhar há 13 bilhões de anos, antes mesmo da formação completa da galáxia



Os astrofísicos brasileiros Rafael Santucci e Vinícius Placco participaram de um estudo internacional que afirma que bilhões de estrelas da Via Láctea começaram a brilhar antes mesmo da formação completa da galáxia. Este estudo foi publicado no The Astrophysical Journal Letters com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo), sendo que Santucci é doutorando no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, sob orientação da professora Silvia Rossi. Placco é professor na University of Notre Dame, nos Estados Unidos, e estudou o halo galáctico também com apoio da fundação de fomento à pesquisa.


A partir do estudo de 4.700 estrelas, foi criado o mapa das estrelas mais antigas da Via Láctea sendo possível assim descobrir que as estrelas mais antigas se formaram antes ou concomitantemente "ao colapso gravitacional da imensa nuvem de gás que formou as estrelas do centro da Via Láctea", segundo explicou Santucci. "Nosso mapa mostra que os objetos mais próximos do centro da galáxia têm uma idade de cerca de 13 bilhões de anos", disse conforme informações do UOL Ciência.

O pesquisador ainda disse que: "Nosso estudo veio confirmar antigas teorias da evolução galáctica, que postulavam que as estrelas mais antigas teriam se formado no centro e as mais jovens progressivamente em direção ao halo. Ninguém tinha mostrado isto antes".Um novo artigo dos pesquisadores está sendo desenvolvido para ser submetido à revista Science conforme adiantou Santucci: "Trata-se de um mapa muito maior e mais preciso, feito a partir de uma amostra com 100 mil estrelas".