Foto: Verdade na Prática |
Corpo
Corpo, ilusão ou realidade?
Sou ou não o sou?
Tenho ou não o tenho?
Corpo é a ilusão daquilo que sou e daquilo que tenho.
Corpo é realidade daquilo que não sou e que não tenho.
Corpo, enquanto em vida desperta vontades e se inflama em desejos.
Corpo, morto, matéria orgânica em decomposição, inglorious, tem seu nome mudado para cadáver.
Corpo, enquanto em vida objeto da nossa vaidade,
Todo corpo vivo é vaidoso!
Corpo, morto é sempre referido no verbo passado, pois é o que deixou de ser para tornar-se o que nunca mais será,
Pois transformar-se-a gradualmente até deixar de ser, se não lembrança, que um dia será também esquecida pelos homens.
Será por isto meu Deus, que escreves meu nome num livro da vida?
Por que da vida e não da morte, se serei morto?
Deus, tens mistérios profundos demais para mim que sou corpo.
Contigo serei por um tempo, quando abandonar este corpo, entidade viva de corpo morto.
Outro mistério, um dia serei morte e vida simultaneamente!
Corpo, deixarás de ser o que é e retornará ao pó da terra,
Pó que será pisado por tantas gentes de gerações sem fim.
É isto, somos corpos vivos andando sobre corpos mortos que já deixaram de ser, que perderam sua forma, que misturados com outros corpos, de brancos, de pretos, de pardos, de pobres, de ricos, de sábios, de tolos, de reis e de plebeus vindo a tornar-se uma única substância.
Ah corpo meu, se soubesses o que te espera, diria como o sábio que hoje é pó: “Tudo é vaidade!”
Corpo, ilusão ou realidade?
Sou ou não o sou?
Tenho ou não o tenho?
Corpo é a ilusão daquilo que sou e daquilo que tenho.
Corpo é realidade daquilo que não sou e que não tenho.
Autor: Luis Alexandre Ribeiro Branco
Tambem publicado em:
Cascais - Lisboa - Portugal
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Geraldo Brandão
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