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Boato ou Verdade: Qual o perigo para a saúde e a vida?

Grupos: Boato ou Verdade
Temos que conviver diariamente com Boatos (que podem ser verdadeiros, falsos ou as duas coisas), Notícias Falsas, e as piores, Notícias Fraudulentas (criadas por meio de fraude, feitas de má-fé). As pessoas no Brasil se acostumaram a chamar de Fake News.

Agora, em tempos de pandemia devido ao novo Coronavirus, o Covid-19,
surgiram novos motivos para a criação e divulgação dessas perigosas notícias.

São inúmeros os objetivos para essa criação e divulgação, podendo ser, comerciais, políticos, religiosos, apenas para assustar mais ainda as pessoas, até mesmo por pura diversão, por achar isso engraçado, etc.

No início da divulgação do novo coronavirus, antes mesmo de ser considerada uma pandemia, Notícias Falsas começaram a circular.

Quando o vírus se espalhou pelo mundo, essas notícias cresceram com a mesma intensidade. Começando tanto pelo lado aterrorizante da doença, quanto pelo desprezo a ela.

Depois vieram os Boatos sobre as medidas de prevenção como: uso de máscaras; higienização das mãos; distanciamento social; quarentena; reabertura da economia e outros protocolos.

Uma das mais recentes se refere ao termômetro infravermelho utilizado já faz tempo, antes mesmo da pandemia por farmácias, onde se afirma que "Pode causar danos à glândula pineal ao medir a temperatura na testa e trazer problemas de saúde.

Outras como: uso de máscara que "ajuda o coronavírus se espalhar por causa do gás carbônico"; outra denunciando que, "Usar o álcool gel 70% causaria os mesmos sintomas do coronavírus e poderia matar" ou que, "Usar o álcool gel também poderá resultar em multa e prisão após teste do bafômetro."

Com relação aos medicamentos já existentes ou novos, todos em estudos e pesquisas ainda por se tratar de um vírus novo e que devem ou não serem utilizados a critério médico a depender das características de cada paciente seguindo os protocolos dos Ministérios da Saúde dos países e da Organização Mundial de Saúde, temos uma infinidade de Boatos a respeito deixando a população ainda mais desorientada e preocupada.

Várias pessoas seguidoras dessas notícias, formam grupos nas diversas redes sociais.

Dessas redes sociais muitos se espalham pelos logradouros das cidades. Um desses grupos é o "Grupos antimáscara" que vem se espalhando principalmente na Europa já existindo até o "Movimento Antimáscara".

Parte dos militantes antimáscaras, os mais radicais, é adepta de teorias conspiratórias, mais difundidas e entre eles os que se dizem antissistema e contra as vacinas. Segundo diz um militante francês, "Primeiro são as máscaras e em seguida as vacinas que terão um nano chip controlado pelo 5G".

Esse movimento antimáscaras nos países ainda é algo marginal, mas "vem se expandido e tenta se estruturar com diferentes ações, como petições contra a obrigatoriedade do uso do item, iniciativas de boicote de lojas e apelos para a desobediência civil", entre outras.

Chegamos então a fase das vacinas para a imunização da população.

  • Fake news sobre vacinas contra a covid-19 ameaçam combate à doença.

A vacina para prevenir o Covid-19, tão esperada por muitos "que ainda nem existe", já temos centenas em fases diferentes das pesquisas de acordo com os protocolos previstos porém, nenhuma ainda está comprovadamente, eficaz e segura para ser aplicada na população.

Mas, apesar de não existir ainda, não impede que as notícias principalmente as Falsas e as Fraudulentas já estejam circulando.

Da mesma forma que ocorre com relação aos medicamentos e protocolos de prevenção como vimos acima, já existem até grupos nas redes sociais que são contrários a futura vacina.

Como já vimos no passado com deleção a diversas vacinas como exemplo, contra a "gripe espanhola", varíola, febre amarela, até hoje vacinas contra gripe H1N1, H2N2, entre tantas outras, já existe resistência a tomar a futura vacina contra o Covid-19.

O Datafolha realizou uma pesquisa entre 2.065 brasileiros que teve como resultado que 9% dizem que não vão se vacinar contra o novo coronavírus.

Nos Estados Unidos e no Reino Unido em pesquisas idênticas segundo o Instituto Ipsos Mori, se verificou que 16% dos ingleses e, de acordo com o Instituto Gallup um em cada três americanos se recusam a tomar a vacina caso ela já existisse.

Isso já preocupa as autoridades de saúde, temendo que, "Essa parcela da população cresça junto com o aumento dos ataques às vacinas contra o covid-19 e que isso comprometa os esforços para imunizar gente em número suficiente contra o novo coroanvírus para acabar com a pandemia."

Existem campanhas contra as vacinas para covid-19 que estão crescendo na medida que as vacinas avançam nas fases das pesquisas realizadas.

Já existem grupos nas redes sociais como exemplos, o "Vacina: O maior crime da História!", que já conta com mais ou menos 8 mil membros e o "Vacinas: O lado obscuro das vacinas", com aproximadamente 13.800 membros que, promovem ataques às vacinas, com muitas informações falsas.

Alguns exemplos de Notícias Falsas: "Que um novo tipo de vacina, que está em teste contra um covid-19, seria capaz de modificar o DNA de seres humanos."

A osteopata americana Carrie Madej, afirmou em um vídeo colocado na internet que, "Esta tecnologia vai criar uma nova espécie e, talvez, destrua a nossa".

Lembramos que as "Fake News" muitas vezes misturam algumas informações verdadeiras com outras falsas e com isso nos faz acreditar que é tudo verdade e que estamos corremdo algum tipo de perigo.

Existe uma outra Notícia Falsa circulando de que, "células de fetos abortados são usadas na composição das vacinas; que elas são parte de uma conspiração do bilionário Bill Gates para implantar microchips em nós, ou que voluntários dos testes já morrem por ter se submetido às vacinas em fase experimental."

O grande perigo dessa  desinformação é vir a atrapalhar a imunização contra o Covid-19, afetando tambem, o combate a outras doenças devido a desconfiança em relação às outras vacinas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alerta que, "Teorias da conspiração, rumores e mentiras divulgadas em torno da pandemia vêm se espalhando tão rapidamente quanto o próprio coronavírus. Essa (infodemia) tem contribuído para aumentar o número de casos e mortes por covid-19 no mundo."

O periódico, American Journal of Tropical Medicine and Hygiene publicou um estudo alarmante.

"Entre 31 de dezembro e 5 de abril, seus autores encontraram 2.311 publicações na internet com rumores e teorias da conspiração ou que promoviam a estigmatização de grupos sociais, em 87 países e em 25 idiomas."

Eles avaliaram 2.276 e concluíram que, "Apenas 9% eram verdadeiras. A maioria eram falsas (82%), enganosas (8%) ou infundadas (1%)."

Os pesquisadores acreditam que, "Um dos mitos mais difundidos (que ingerir álcool com uma alta concentração poderia desinfetar o corpo e matar o vírus), fez 5.876 pessoas serem hospitalizadas, matou 800 e deixou 60 cegas."

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da OMS, emitiu um comunicado em setembro de 2019 afirmando que, "A desinformação sobre vacinas é uma grande ameaça à saúde global. Peço que empresas de tecnologia, como Google, Facebook e Twitter, combatam esse tipo de conteúdo. Como principais organizações digitais têm uma responsabilidade: garantir que seus usuários possam acessar informações sobre vacinas e saúde. Queremos que os atores digitais façam mais para tornar-se conhecido em todo o mundo que #VacinasFuncionam".

Como sabemos, existem vários tipos de Notícias Falsas, umas até engraçadas, outras que são orientações até sadias embora muitas vezes citem nomes de famosos para ganhar credibilidade mas, QUANDO SE TRATA DE ASSUNTOS RELACIONADOS A SAÚDE OU A SEGURANÇA DE VIDAS, devemos ter muita atenção.

Não leia apenas a manchete e vá fazendo uso ou repassando, caso tenha dúvidas pesquise, consulte outras fontes confiáveis e, no caso de SAÚDE SUA OU DOS SEUS, CONSULTE SEU MÉDICO.

Geraldo Brandão