Um "novo normal", precisamos nos "reinventar". Muito falado mas, o que temos feito realmente?

Como já vem acontecendo desde o início da pandemia, vários eventos serão adiados ou mesmo cancelados.




As festas juninas, muito fortes principalmente no nordeste do Brasil,
ocorrendo durante todo o mês de junho sendo as mais famosas Santo Antônio, São João e São Pedro, foram canceladas.

Diversos outros eventos incluindo esportivos como as maratonas entre outras, vêm sendo cancelados.
A previsão para os meses do final do ano de 2020 e começo de 2021 é que outras atividades tambem sejam transferidas ou mesmo canceladas.

Grandes shows tradicionais, a corrida de fórmula 1 que seria realizada no autódromo de Interlagos na cidade de São Paulo, as festas da virada do ano já foram cancelados.

Outras estão em estudos como é o caso do carnaval 2021 em várias cidades do país quando o governo estuda a possibilidade de transferir para após a quaresma, provavelmente no final de maio e começo de junho sem comprometer em mais um ano as festas juninas.

Cidades como Salvador na Bahia que tem a tradição de realizar inúmeras das chamadas festas de largo tambem tudo indica serem canceladas.

São eventos que geram uma grande aglomeração de pessoas o que facilita muito o contágio pelo Covid-19, o novo coronavirus.

Algumas atividades vêm sendo liberadas aos poucos nas cidades com um forte esquema de segurança para as pessoas, dependendo sempre do número de disponibilidade de leitos nas UTIs que serve de base para avaliação se deve ou não promover tais aberturas.

Um grande problema que se vem verificando é que, após a abertura vem uma medida fechando tudo novamente. Os índices de pessoas contaminadas crescem e o número de leitos disponíveis reduzem consequentemente.

As pessoas parecem que pensam, já que abriu, por exemplo os shoppings e o comércio de rua, que a pandemia já acabou. "Abaixam a guarda" e param de continuar com os cuidados preventivos recomendados, desobedecendo os protocolos feitos para que as aberturas sejam seguras para eles próprios.
De nada adiantam os cuidados dos comerciantes, continuando ainda usando esse exemplo, em montar os esquemas de segurança se as pessoas não obedecem.

Já vimos casos absurdos, cometidos até por pessoas consideradas com um "grau elevado de educação", de completo desrespeito a agentes públicos que, apenas estão desempenhando suas atividades de orientar e cuidar da população, inclusive dos próprios agressores.
Casos mais graves já foram registrados àqueles que tentam cumprir as determinações que receberam para transmitir dando orientações as pessoas, e que foram agredidos fisicamente inclusive.

"Com aglomerações, Brasil vive pior momento da pandemia e deve passar de 100 mil mortes."
Leia sobre isso na reportagem da Reuters por Pedro Fonseca (AQUI).

Existem aqueles que são excessões (felizmente ainda existem) que acabam sendo prejudicados pelo mau comportamento daqueles que não se concientizaram da importância do seu comportamento individual para os efeitos no coletivo.

Enquanto o ser humano não se reinventar (tão citado hoje em dia) não conseguiremos vencer o vírus e muito menos, termos um mundo melhor.

Está na sua mão decidir se realmente deseja uma pós pandemia, com um "novo normal" melhor ou um "novo normal" antigo, cometendo os mesmos erros de muitos anos.

Geraldo Brandão