URGENTE! Outro deslizamento de terra hoje na Gamboa - Ou morremos de pandemia ou morremos soterradas.

URGENTE! Outro deslizamento de terra hoje na Gamboa - Ou morremos de pandemia ou morremos soterrades.

Em meio à pandemia de coronavírus, a comunidade da Gamboa de Baixo continua na luta pela permanência em seu território de forma digna e segura. Queremos saber se a Prefeitura de Salvador e o Governo do Estado da Bahia vão novamente esperar mortes e soterramentos acontecerem para agir dentro da comunidade.


Hoje, 24 de maio, novamente um deslizamento de terra impacta a dinâmica cotidiana e põe em risco a vida de todas as famílias. Em menos de um ano, a Gamboa de Baixo foi impactada por quatro deslizamentos de terra, em três pontos distintos. Ressaltamos que a  Associação Amigos de Gegê dos Moradores da Gamboa de Baixo está sempre aberta ao diálogo, porém a devolutiva, em termos de ação, torna-se necessária. As condições de precariedade a qual as famílias estão submetidas também agrava a situação,  a insuficiência do sistema de drenagem, por exemplo, sobrecarregando as caixas coletoras da Embasa e resulta no encharcamento do solo, o que faz aumentar os riscos de deslisamento. Sem falar da precariedade do abastecimento de água, coleta de esgoto e limpeza urbana de forma geral, que impossibilitam o cumprimento de medidas de isolamento social, higiene e segurança habitacional.



Reiteramos que a negligência e o abandono do poder público frente a essa situação é o principal problema enfrentado neste momento, pois o diálogo já foi feito e linhas de atuação já foram estabelecidas, dependendo agora de sua execução para garantir a segurança dentro da Gamboa.  A demora no início das obras emergenciais estão gerando novos desabamentos e deslizamentos de terra, deixando a comunidade ainda mais apreensiva e impotente frente a essa situação, agravada pela crise mundial decorrente do coronavírus. Lembramos que outras obras de infraestrutura estão a todo o vapor na cidade, como as obras do BRT, de reconstrução da orla de Amaralina e Pituba, entre outras.

Sofremos também com a falta de conhecimento dos técnicos, que propositalmente são sempre substituídos a cada nova ocorrência dentro da Gamboa, o que dificulta a comunicação e gera desgastes. No começo do mês (maio de 2020), após muitas solicitações, as equipes da Codesal estiveram na área atingida para reconstruir o caminho na rua Hamilton Sapucaia, porém os técnicos retiraram a estrutura colocada provisoriamente por moradores, alegaram que não tinham material suficiente e abandonaram o local da obra até os dias atuais.

Desde julho de 2019, a comunidade cobra uma solução frente ao deslizamento de terras ocorrido na rua Hamilton Sapucaia, que destruiu completamente uma casa, interditou outras 3, deixando famílias desabrigadas, e que também destruiu completamente o único caminho de acesso para cerca de 50 famílias acessarem de forma segura. Nesse mesmo período, uma cratera também se abriu no Forte São Paulo da Gamboa, causando ainda mais riscos e transtornos às famílias moradoras, pois interditou parte do acesso ao forte e até hoje não foi estabilizada, podendo continuar crescendo.

Estes acontecimentos não se configuram como fatalidades, são tragédias anunciadas. São resultado de anos de invisibilização da comunidade como parte da cidade e de ausência dos governos estaduais e municipais na inserção da Gamboa de Baixo no provimento de saneamento e infraestrutura urbana adequada.

Em meio a uma pandemia de coronavírus, as famílias temem as soluções a serem apresentadas  pelos órgãos públicos, que sempre apontam a saída das famílias de suas casas. A comunidade aponta a contenção das encostas e reconstrução do caminho como vias possíveis para garantir a mínima segurança.

A comunidade da Gamboa de Baixo permanece em risco e exige medidas que garantam sua segurança e permanência.
A Gamboa de Baixo precisa ser vista e ouvida!

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