Inquietude
Minh’alma está inquieta,
Sinto minhas emoções como pássaros que voam assustados.
Meus pensamentos vagueiam dispersos,
Não encontram repouso em solução alguma.
Caminho como o burro que anda em voltas fazendo girar o moinho.
Cada passo tem sido uma repetição de outro
Sem contudo chegar a lugar algum.
Minhas necessidades são as mesmas,
Minhas orações são repetitivas,
Minha esperança voa como um pássaro rebelde,
Que faz seu pouso, mas logo se espanta e volta a voar sem rumo.
Traço planos que não são bem sucedidos,
Construo escadas que não me elevam,
Mas levam-me para baixo.
Não possuo torres,
O que tenho é como o Poço da Iniciação que encontrei na Quinta da Regaleira,
Que não ergue-se sobre a terra, mas aprofunda-se nela,
Um roço aspiral, com escadas estreitas e escuras.
Do fundo olho para cima e vejo a luz,
Mas deixo-me atrair pelos túneis intermináveis que rodeiam-me,
E conduzem-me para onde não quero ir.
Quando penso ter vencido a guerra,
Dentro de mim explodem novas batalhas.
O que necessito é tão pouco,
É paz.
Autor: Luis Alexandre Ribeiro Branco
Tambem publicado em:
Cascais - Lisboa - Portugal
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Geraldo Brandão
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