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| Foto: Ilustração |
Nesta coluna, teremos sempre alguns pequenos textos conhecidos como microcontos. Parece simples compô-los, mas não o é. Para os compor, o autor deve dispor de uma boa ideia primária a ser desenvolvida, combinada com alguma habilidade para brincar com as palavras, tudo a se encaminhar para um final contraditório, nalguns casos, ou surpreendente, noutros.
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Quis pagar Geral. Acordado após vinte anos de coma ficou sabendo que o setor do Maracanã foi extinto e só havia arquibancada a 200 reais.
Autor: Gustavo do Carmo
Pilares
Debruçado sobre a petição de 35 páginas de argumentação e 117 de documentos, o experiente juiz recordava palavras que ouvira ainda na faculdade de Direito: “A advocacia baseia-se em dois princípios basilares: se não puder convencer, confunda; e junte papel”.
Autor: Marcos Mairton
Especial de Natal
Até dez anos de idade, ela acreditou, verdadeiramente, que Papai Noel era real. E adotou-o.
Para sempre
Feliz Natal
Autora: Zi Carloni
A última gota
Para quem não suportava mais, aquela foi a última gota. Naquele dia, o médico estava realmente exausto de tanto atender pacientes com elevado nível de ácido úrico no sangue.
Autor: Magno Reis Andrade
1244
As palavras vem e vão, de tempos em tempos, até que param de vir e só sobra o silêncio, apenas o silêncio. Mas sempre dá pra cantar uma música, ligar o rádio, ou falar sozinho.
Autor: Lucas Beça
907
Todos os dias, tropeçava involuntariamente num resto de toco incrustado na calçada do vizinho.
Irritado, arrancou-o a golpes de machado.
Irônico, o vizinho indagou: Mas que mal o toco lhe fizeste?
Ao que respondeu: O toco, nada! Mas tu plantado na janela a esperar meu deslize irrita-me profundamente.
Autor: Cynthia Nogueira
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Geraldo Brandão
Também publicado em
Santa Isabel - São Paulo - Brasil
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