Foto: Verdade na Prática |
Terra Seca
Lá estava eu, o homem, sem forma, sem consciência, sem alma, sem vida.
Nada mais era do que o nada, tudo em mim era inexistência e vazio,
Como bem descreveu Moisés, O Teopoeta, nada mais era do que “terra seca”.
No entanto, bastou um punhado desta terra seca conhecer as palmas das mãos do Criador
E o inexistente veio a existir e eu que era sem forma e vazio, fui moldado por aquelas mãos perfeitas e preenchido com seu sopro de vida.
E o que era seco tornou-se células, ossos, nervos, carne, artérias, sangue e pele.
E o universo pela primeira vez escutou o som da batida de um coração humano,
Coração que bombeou sangue por todas as partes do meu ser,
E como uma terra seca regada se torna em vida, assim este punhado de pó que agora era corpo conheceu o que é a vida.
Hoje sou terra seca regada diariamente por Deus, ganhei vida, vida que precisa constantemente da sua graça que me permite permanecer neste estado místico transformado, até que o Criador despeje este punhado de terra seca novamente sobre o solo, onde este corpo se desfará completamente até voltar a ser terra seca.
Início e fim, uns chegam e outros vão embora, mas o certo é, que um dia todos os que são deixarão de ser. Completamente? Não, pois a luz da consciência jamais se apaga, pois foi acesa com o fogo eterno. Que serei? Serei a existência inexistente do ser, entidade viva, habitante de um mundo intermitente, onde tudo é paz, tudo é alegria, tudo é vida, tudo é ação continua.
Lá aguardarei novamente as mãos do Criador para me moldar,
Quanto voltarei a ser corpo e espírito, eternamente,
Num mundo que desconhece a dor, as lágrimas e a saudade.
Um mundo que reinventará a poesia,
Um mundo onde as fontes poéticas serão inesgotáveis.
Conta-se por ai outra história, mas uma história que não rende poesia!
Autor: Luis Alexandre Ribeiro Branco
Tambem publicado em:
Cascais - Lisboa - Portugal
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Geraldo Brandão
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