Bolsa cai pela sétima vez seguida
Foto: Valter Campanato
Num dia de forte nervosismo no mercado internacional, o dólar aproximou-se de R$ 5, mesmo com o Banco Central (BC) intervindo no câmbio.
Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana acumula alta de 8,04% apenas nas últimas três sessões. A divisa acumula alta de 4,83% em abril e queda de 10,49% em 2022.
No mercado de ações, o dia também foi marcado pela volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 108.213 pontos, com queda de 2,23%. O indicador acompanhou os mercados norte-americanos e caiu, puxado por ações de bancos brasileiros, que divulgaram lucros menores que o previsto.
Dois fatores têm contribuído para a instabilidade do mercado financeiro global nos últimos dias. O primeiro é o aumento no número de casos de covid-19 na China, que reforça as expectativas de desaceleração da segunda maior economia do planeta por causa das medidas de lockdown adotadas em Xangai e a possibilidade de que o mesmo ocorra em Pequim. Isso acarreta a queda no preço das commodities (bens primários com cotação internacional), muitas delas exportadas pelo Brasil.
O segundo fator são declarações recentes de diretores do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) de que o órgão pode aumentar os juros básicos norte-americanos além do esperado para segurar a inflação no país, que está no maior nível em 40 anos. Juros mais altos nos Estados Unidos estimulam a fuga de capitais de países emergentes.
As bolsas norte-americanas também foram afetadas pelas expectativas de juros mais altos pelo Fed. O índice Dow Jones, das empresas industriais, caiu 2,38% hoje. O S&P 500, das 500 maiores empresas, recuou 2,81%. O Nasdaq, das empresas de tecnologia, teve perda de 3,95%.
Fonte: EBC
Foto: Valter Campanato