Quem visita faz uma viagem pela arquitetura internacional
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Foto: Marcelo Camargo |


Nas várias entradas da exposição, os visitantes se deparam com portais colossais, com 21 metros de altura, feitos de treliças de fibra e resina de carbono, projetados pelo britânico Asif Khan, conhecido pelo Pavilhão Hyundai, conhecido como o prédio mais escuro do planeta Terra, na Coreia do Sul.
São três portais, recebendo os visitantes na entrada de cada um dos três distritos: Sustentabilidade, Oportunidade e Mobilidade. Próximo a cada portal está o pavilhão principal de cada distrito.
No caso da área da Sustentabilidade, o pavilhão é o Terra, projetado pelo escritório Grimshaw, no formato de uma imensa árvore com uma copa de 130 metros de diâmetro, coberta por placas de geração de energia solar. O pavilhão é cercado por 18 árvores em dimensão menor, também com painéis solares. São 4.912 painéis solares, que ajudam a gerar energia suficiente para carregar 900 mil telefones celulares.
Outro pavilhão temática que chama atenção é o prédio do distrito Mobilidade, chamado de Alif, a primeira letra do alfabeto árabe. No formato de um imenso, spinner (aquele brinquedo de girar que foi febre há alguns anos), a edificação, projetada pelo escritório Foster + Partners, leva o visitante a refletir sobre conexões e horizontes que estão no núcleo do progresso humano.
O último dos três pavilhões é o Mission Possible (em português, Missão Possível), da AGi Architects, que busca mostrar algumas metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas para melhorar a qualidade de vida da humanidade, como acabar com a subnutrição e prover educação infantil e água de qualidade para as pessoas.
No centro da Expo 2020, o símbolo da exposição, o domo de Al Wasl, um gigante de aço com 2.500 toneladas, com seus 67 metros de altura e 130 metros de diâmetro, projetados pelo escritório americano Adrian Smith + Gordon Gill.
“Wasl” em árabe significa conexão é justamente o papel que o domo tem na exposição, o de conectar os três distritos. A estrutura dourada se transforma em uma tela de projeções em seu interior.
Ao lado do domo, destaca-se ainda o pavilhão do país-sede, um enorme domo branco com estruturas que lembram penas de ave. Projetado por Santiago Calatrava, o edifício simboliza um falcão alçando voo.
Há ainda dezenas de pavilhões, com estruturas monumentais e estruturas diferenciadas, como a fachada de vidro da Suíça, os blocos empilhados de Marrocos, o retângulo que se projeta do solo a 45 graus da Arábia Saudita ou a fachada dinâmica com quadrados em movimento da Coreia do Sul.
Para os amantes da arquitetura, a Expo 2020 é, sem dúvida, uma experiência de encher os olhos.
Fonte: EBC / Vitor Abdala - Dubai / Emirados Árabes
Foto: Marcelo Camargo
*O repórter e o fotógrafo Marcelo Camargo viajaram a convite da Apex-Brasil