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| Foto: Ilustração |
Nesta coluna, teremos sempre alguns pequenos textos conhecidos como microcontos. Parece simples compô-los, mas não o é. Para os compor, o autor deve dispor de uma boa ideia primária a ser desenvolvida, combinada com alguma habilidade para brincar com as palavras, tudo a se encaminhar para um final contraditório, nalguns casos, ou surpreendente, noutros.
Independência
Aos poucos, uma espessa camada de poeira foi se formando por todas as partes da casa; as roupas se recusavam a voltar limpas para o guarda-roupa; e o pior: já não mais brotava comida na geladeira.
Autor: Marcos Mairton
Assassina faminta
Sempre faminta, assassinava em série. Da primeira a quinta, matou aulas para traçar a comida e acabar com a fome. Bebeu toda a água do pote e matou a sede. Deitou-se na praça e matou o tempo que ainda restava.
Autora: Zi Carloni
Amor exemplar
Não fez o dever de casa e levou da irada mestra doze reguadas. Amava-a muito, mas passou a odiar as réguas.
Autor: Magno Reis Andrade
862
Os relatórios do aprendiz de caçador não eram muito bons. Mas dê um desconto a ele. Ainda está aprendendo.
Autor: Lucas Beça
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Geraldo Brandão
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