Microcontos: Estante LXIII...

Foto: Ilustração

Nesta coluna, teremos sempre alguns pequenos textos conhecidos como microcontos. Parece simples compô-los, mas não o é. Para os compor, o autor deve dispor de uma boa ideia primária a ser desenvolvida, combinada com alguma habilidade para brincar com as palavras, tudo a se encaminhar para um final contraditório, nalguns casos, ou surpreendente, noutros. 


Independência

Aos poucos, uma espessa camada de poeira foi se formando por todas as partes da casa; as roupas se recusavam a voltar limpas para o guarda-roupa; e o pior: já não mais brotava comida na geladeira.


Autor: Marcos Mairton




Assassina faminta

Sempre faminta, assassinava em série. Da primeira a quinta, matou aulas para traçar a comida e acabar com a fome. Bebeu toda a água do pote e matou a sede.  Deitou-se na praça  e matou o tempo que ainda restava.


Autora: Zi Carloni




Amor exemplar

Não fez o dever de casa e levou da irada mestra doze reguadas. Amava-a muito, mas passou a odiar as réguas.


Autor: Magno Reis Andrade




862

Os relatórios do aprendiz de caçador não eram muito bons. Mas dê um desconto a ele. Ainda está aprendendo.


Autor: Lucas Beça







Também publicado em


Santa Isabel - São Paulo - Brasil

-----------------------------------

Geraldo Brandão

SIGA-NOS

Para seguir o Jornal da Cabriola e receber nossas atualizações clique na imagem abaixo:

Se não entrar CLIQUE AQUI