EPA! Encontro Periférico de Artes promove diversas oficinas em Salvador

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Facilitador Gerson Moreno / Foto: Divulgação

O EPA! - Encontro Periférico de Artes conta este ano com mais de 20 atividades que vão desde oficinas, shows, espetáculos, residências artísticas e bate papo. Em sua 2ª Edição, o EPA! se dedica a valorização e a difusão de manifestações dos universos da arte negra e de periferia, idealizado e realizado pela “ExperimentandoNUS Companhia de Dança”, que vem atuando e produzindo dança de forma independente e ininterrupta há quase 10 anos no estado da Bahia. 

O encontro visa propagar e difundir a arte negra e periférica. Dentro da programação, destaque para as cinco oficinas, que tiveram inscrições gratuitas e acontecem a partir desta segunda-feira (12). O EPA! Conta com o apoio financeiro do Governo do Estado via edital de Dança do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria da Cultura. O projeto tem ainda a direção de Bruno de Jesus e Inah Irenam. 

No dia (12) segunda-feira das 09h às 12h na Escola de Dança da Funceb acontece a “Oficina de Contos, Corporalidade e Performances Negras” com a proposta de pensar, através do álbum visual de Beyoncé, denominado de Lemonade, a produção literária de mulheres negras. A facilitadora é a educadora, doutoranda, mestre em educação e contemporaneidade, Hildalia Fernandes.

Outra atividade da programação é a “Oficina de Literatura Negra” no dia (14) quarta-feira às 9h no Colégio Nelson Mandela em Periperi. A oficina, ministrada pelo escritor e produtor cultural Jairo Pinto, consistirá em leitura e discussão de textos em prosa ou versos de autores e autoras negras que refletem sobre a identidade negra, culminando na produção e apresentação de textos. O escritor participou de antologias de poemas e contos nacionais e internacionais; entre elas, diversas edições de Cadernos Negros.


Também na quarta-feira acontece a “Oficina de Danças Indígenas” às 09h na Escola de Dança da UFBA em Ondina, será conduzida pelo artista de dança e educador Gerson Moreno. A proposta da oficina é sugerir e gerar experimentações corporais a partir de exercícios e jogos de criação e ensino de danças afro-indígenas ancestrais. Com isso, visa estabelecer diálogos entre a tradição e o tempo presente, além de possibilidades de reinvenção e conexão das danças afro-ameríndias com as emergências da contemporaneidade. Gerson Moreno é coreógrafo e fundador da Cia. Balé Baião de Dança Contemporânea (CE).

O EPA! também tem atividades para crianças de 7 a 12 anos. Os pequenos vão participar da oficina de Ateliê de Contos, com a escritora e mestra em critica cultural, Ana Fátima e o poeta, produtor, Evanilson Alves. As crianças irão expressar seus sentimentos, desejos e identidades utilizando a literatura e ilustrações de capas de livros como rizoma para tais construções narrativas. A oficina visa o desprender-se das amarras mentais, do medo de compor uma história por meio da linguagem escrita. A oficina acontece também nesta quarta (14) às 14h na Escola de Dança da FUNCEB.

A quebradeira no EPA está garantida com a “Oficina Pagode Baiano” ministrada pelo coreógrafo Cupim da Bahia. O objetivo é fazer as pessoas entenderem que todo movimento pode se constituir em dança e tudo que podemos alcançar com todas as partes do corpo, perto ou longe, grande ou pequeno, com movimentos rápidos ou lentos, delimita o limite natural do espaço pessoal, no entorno do corpo do ser movente. “Meu lema maior, que faço questão de inserir na mente das pessoas, é que na dança não existem problemas, os problemas da vida são outros” analisa Cupim da Bahia. A oficina acontece no feriado do dia (15) quinta-feira às 15h o Espaço Xisto Bahia.

Já no dia (16) sexta, o Teatro Gregório de Mattos recebe a “Batalha do Passinho’’. Além das oficinas o evento vai contar com a exibição do documentário a “Batalha do Passinho”, do diretor e cientista social, Emílio Domingos. Posteriormente acontece uma conversa com o diretor que tem no seu currículo três longas e 15 curtas-metragens. O documentário, a “Batalha do Passinho”, foi vencedor da Mostra Novos Rumos no Festival do Rio de Janeiro. 

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Teatro para seu evento