Fachin homologa desistência de pedido de liberdade de Lula

Estratégia da defesa é evitar que STF decida se ele poderá concorrer ou não concorrer nas eleições deste ano, já que sentença da Corte seria definitiva


O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou nesta quarta-feira (8) a desistência do pedido de liberdade da defesa do ex-presidente Lula.
O pedido foi apresentado na última segunda-feira (6), pois a defesa de Lula não queria que, ao analisar o tema, o STF decidisse se ele poderá concorrer ou não concorrer nas eleições deste ano.

Essa atitude foi tomada pelos advogados como estratégia, já que caso o Supremo entendesse que Lula não poderia ser candidato, não haveria mais nenhuma possibilidade de recurso, visto que o STF é a última instância da Justiça.
Apesar do ex-presidente ter sido oficializado no último domingo (5) como candidato do PT à disputa ao Planalto, Lula se enquadra na Lei da Ficha Limpa, o que impede a candidatura de quem tenha sido condenado por órgão colegiado, como é o seu caso.
Lula está preso desde abril, em Curitiba, condenado na Operação Lava Jato a 12 anos e um mês de prisão.


Reportagem, Andressa Ribeiro
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