Diretor da JBS afirma que Temer recebeu R$ 15 milhões; Planalto diz que informações são falsas




O presidente Michel Temer é citado em duas delações da JBS: na do diretor, Ricardo Saud, e na do dono da empresa, Joesley Batista.

Ricardo Sáud afirma que repassou R$ 15 milhões ao presidente na campanha de 2014, em troca de atuação favorável aos interesses da empresa.

De acordo com o delator, o dinheiro era depositado em uma conta do PT, administrada pelo ex-ministro Guido Mantega, para eleição da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer.

Ricardo Saud disse ainda que o dinheiro era utilizado para a compra de partidos, com o conhecimento de Michel Temer e Dilma Rousseff.

Já Joesley Batista acusa Michel Temer de solicitar 5% do lucro obtidos com o afastamento do monopólio da Petrobras no fornecimento de gás. Em troca, o grupo receberia destravamento nas compensações de créditos do PIS/Confins com débitos do INSS.

Temer teria indicado o deputado Rocha Loures para tratar dos temas de interesse de Joesley.  Entre o material da delação da JBS,  estão conversas entre o empresário e Rocha Loures.


A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República disse que as informações sobre o presidente Michel Temer são falsas.

Em nota, a ex-presidente afastada Dilma Rousseff disse que jamais tratou ou solicitou a qualquer empresário, nem a terceiros, doações, pagamentos ou financiamentos ilegais para as campanhas eleitorais.

Kariane Costa