BBC Brasil | De Fabíola Ortiz
Há mais de uma década exilado na Coreia do Sul, Lee Young-guk tinha apenas 17 anos quando foi obrigado a se tornar guarda-costas daquele que viria a se tornar o líder norte-coreano entre 1994 e 2011: Kim Jong-il, filho de Kim Il-sung e pai do atual líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
Em entrevista à BBC Brasil, Young-guk contou que vivenciou os extremos da sociedade norte-coreana: de homem de confiança do governo, caiu em desgraça e, condenado por traição, acabou enviado a um campo de trabalhos forçados, onde teve de comer "ratos, cobras" e até "excrementos de animais".
"Só me dei conta de como a população da Coreia do Norte vivia quando deixei de ser guarda-costas. Vi o sofrimento das pessoas, que elas morriam de fome. Precisava ver aquele mundo que eu desconhecia”, ele declara.
