Foi a segunda vez em quatro dias. Na quinta-feira, houve violência policial para que faixas fosse recolhidas. E novamente as faixas de protesto levadas pelos torcedores do Corinthians viraram polêmica.
Desta vez, a tentativa de silenciar os torcedores aconteceu em pleno clássico contra o São Paulo, que deu nova vitória aos alvinegros.
Vamos ao teor do protesto:
"Quem vai punir o ladrão de merenda?"
"Futebol refém da Rede Globo"
"Ingresso mais barato"
"CBF, FPF, vergonha do futebol"
Nada, como já havia ocorrido na quinta-feira, que merecesse punição. Não houve xenofobia, homofobia nem discriminação. Não, nas faixas, claro. Já que o grito de "bicha" quando o goleiro Denis, do São Paulo, tocava na bola seguiu livremente.
O tal "ladrão de merenda" indicado pelos corintianos é o deputado Fernando Capez (PSDB), que antes de ser eleito fez carreira combatendo as torcidas organizadas.
O deputado defende-se. Diz que "não cobrou nada e não responde por assessor", em matéria do jornal O Estado de S. Paulo.
Mas quem responde pela tentativa de limitar os direitos dos torcedores? É isso que precisamos saber. Para que a democracia não sofra um novo 7 a 1.

