Cantor Léo Santana é acusado de homofobia durante o Carnaval de Salvador e pode ter de fazer cartilha LGBT

HuffPost Brasil



O cantor baiano Léo Santana, de 27 anos, foi acusado de homofobia durante o Carnaval de Salvador (BA), na última sexta-feira (5). Durante seu desfile em um trio independente no circuito Dodô, o cantor se queixou de algumas mensagens que estaria recebendo em suas redes sociais. Santana teria sido chamado de ‘gay’ após postar uma foto com o seu irmão.

“Agora tudo é problema, a gente não pode dizer que ama seu próprio irmão que você já é gay. Eu postei uma foto com meu irmão dizendo ‘eu te amo’ e ficaram me chamando de ‘viado’. Isso é uma palhaçada. Eu respeito todo tipo de sexualidade, tenho fãs gays e não tenho problema com isso”, afirmou.

A polêmica veio quando o cantor finalizou o seu discurso: “Mas, na moral, eu não entendo, tanta mulher bonita nesse arrastão e tem homem com homem que fica aí se beijando”.

A repercussão de suas palavras fez Léo Santana se pronunciar eu seu Snapchat neste domingo (7). O cantor negou ser homofóbico. “Creio que eu, Leandro Santana, seja o único artista homem que tenho um carinho absurdo por todos os gays do mundo. Eu tenho pra caramba fãs que são gays e em hipótese alguma que faltaria com o respeito a eles”, afirmou.

Ainda de acordo com ele, “quem mais faz músicas falando de preconceito, discriminação sou eu. “Homofobia é uma coisa muito séria, tenham cuidado com as coisas que vocês falam”, concluiu. Em suas redes sociais, Santana foi defendido pelos seus fãs, que negaram que as palavras do cantor no Carnaval possam ser classificadas como homofóbicas.


Já a página Guia Gay Salvador tem outra opinião, incentivando que o cantor seja denunciado ao Observatório da Discriminação Racial e LGBT, Violência Contra a Mulher, iniciativa da Secretaria Municipal da Reparação com apoio da Superintendência de Políticas para as Mulheres. Em entrevista ao site Correio 24 Horas, a superintendente de Políticas para as Mulheres de Salvador, Mônica Kalile, disse que Santana será investigado.


“Pode ser uma simples retratação pública ou uma prestação de serviços ou uma cartilha. O que não pode é um artista como ele fazer esse tipo de declaração. Não acredito que ele seja homofóbico, mas acho que ele, como artista, deve ter cuidado com o que fala”, avaliou.