Por chamar rival de 'bicha', técnico italiano Maurizio Sarri pode ficar fora do futebol por 4 meses

HuffPost Brasil  |  De Rafael Nardini



O treinador do Napoli, Maurizio Sarri, pode acabar longe dos gramados por quatro meses, além de precisar desembolsar até 30 mi euros (R$ 133 mil). O motivo? Ofensas homofóbicas alegadas pelo rival Roberto Mancini, técnico da Inter de Milão.

"A discussão na linha lateral? Você tem que perguntar ao Sarri sobre isso, ele é um racista. Pessoas como ele não pertencem ao futebol. Ele usou palavras racistas. Eu me levantei para perguntar sobre os cinco minutos de acréscimos e ele me chamou de 'frouxo' e 'bicha'. Eu ficaria orgulhoso de ser, se ele for aquilo o que é considerado um homem", disse.



Sarri, por sua vez, se saiu com as velhas desculpas, que todos nós conhecemos muito bem: “Se sou homofóbico? Isso é um exagero, eu estava apenas irritado. Tenho amigos gays, não sou homofóbico, isso não é verdade. Disse a primeira coisa que me veio à cabeça”, concluiu.

No entanto, não é o que mostra o histórico do treinador. Em março de 2014, quando dirigia o Empoli, Sarri reagiu da mesma forma quando um de seus jogadores acabou expulso num confusão com os adversários.

"O futebol se converteu em um esporte de bichinhas. Fizeram o dobro de faltas no nosso time, mas acabamos recebendo mais cartões amarelos do que eles. Esse é um esporte de contato e na Itália mais faltas são anotadas do que a Inglaterra. É uma interpretação homossexual do regulamento".