Levy deve assumir diretoria do Banco Mundial somente em junho

Daniel Lima – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco


Comissão de Ética Pública decidiu que prazo entre a saída de Levy do Ministério da Fazenda e a posse no Banco Mundial deve ser de seis meses Arquivo/ABr

O ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy está impossibilitado de assumir a Diretoria Financeira do Banco Mundial, em Washington, antes de completar seis meses de afastamento da equipe econômica do governo. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República entendeu que há conflito de interesse e que Levy terá de cumprir esse prazo para assumir o cargo no Banco Mundial.

Joaquim Levy conduziu a economia do país entre janeiro e dezembro do ano passado. A saída dele do Ministério da Fazenda foi anunciada no dia 18 de dezembro.

Em seu voto, o relator do processo, ministro Horácio Raymundo de Senna Pires, disse que Levy não pode "assumir cargo diretivo do Grupo Banco Mundial, antes de observar, quarentena de seis meses, a contar da data de exoneração (…)”.

A decisão é baseada na Lei 12.813, que trata de situações que configuram conflitos de interesse envolvendo ocupantes de cargo ou emprego no âmbito do poder executivo federal e os requisitos e restrições aos que tenham acesso a informações privilegiadas.  

A posse do ex-ministro no Banco Mundial estava prevista para o início de fevereiro. Com a decisão do Conselho de Ética, Joaquim Levy só deverá assumir a Diretoria Financeira da instituição em junho.