Aprovação de acordo pela Grécia é "passo importante", diz Comissão Europeia

Da Agência Lusa Edição: Denise Griesinger

O primeiro-ministro grego Alexis Tsipras discursa para membros do Parlamento, durante sessão que aprovou o programa de ajuda de credores internacionais a Grécia Alexandros Vlachos/AFP/Agência Lusa
A Comissão Europeia considerou hoje (16) que a aprovação, pelo Parlamento grego, do acordo alcançado entre a Grécia e os credores internacionais sobre um terceiro programa de ajuda, constitui “um passo importante” para reconstruir uma relação de confiança com Atenas.

“O Parlamento grego deu ontem (15) um passo importante para reconstruir a confiança com os parceiros internacionais da Grécia. Uma ampla maioria dos deputados adotou o primeiro pacote de reformas, em linha com os compromissos acordados na cúpula do euro de 12 de julho”, disse a porta-voz Annika Breidthardt, durante coletiva de imprensa da Comissão Europeia.

Annika acrescentou que “as instituições trabalharam ao longo da noite para produzir uma análise comum destas propostas. A avaliação é que as autoridades gregas implementaram legalmente o primeiro pacote de medidas dentro do prazo e de forma globalmente satisfatória”.

A aprovação, pelo Parlamento, do primeiro pacote de reformas acordado na cúpula, que terminou na segunda-feira passada, era uma condição exigida a Atenas para lançar o processo formal de negociações para um terceiro programa de assistência financeira à Grécia, para os próximos três anos, e cujo montante deverá chegar a 86 bilhões de euros.

O Parlamento grego aprovou, na madrugada de hoje, o acordo alcançado na segunda-feira com os líderes da zona euro para permitir o terceiro resgate financeiro do país. O partido no poder, o Syriza, aprovou o acordo graças ao apoio de forças políticas de oposição.

Segundo a televisão estatal da Grécia, 229 deputados votaram a favor do acordo, seis abstiveram-se e 64 se manifestaram contrários. Metade dos votos contra e a totalidade das abstenções vieram do partido que sustenta o Governo, o Syriza. Entre os que votaram contra estivavam a presidenta do Parlamento, Zoe Konstantopoulou; o ministro da Energia, Panagiotis Lafazanis; e o ex-ministro das Finanças Yanis Varoufakis.