Há 127 anos, chegava ao fim a escravidão no Brasil.
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Foi do Ministro da Agricultura e Conselheiro do Império, Rodrigo Augusto da Silva, a autoria do projeto de lei que extinguia a escravidão. Apresentado à Câmara Geral, que hoje corresponde à Câmara dos Deputados, no dia 8 de maio de 1888, foi votado e aprovado nos dias 9 e 10 de maio.
O Brasil passava por grandes transformações políticas e sociais naquela ocasião e a abolição se deu em decorrência de pressões internas e externas.
O Movimento Abolicionista contava com grande apoio popular no país e já havia conseguido aprovar a Lei Eusébio de Queirós, da Lei do Ventre Livre e da Lei dos Sexagenários.
A Lei Eusébio de Queirós, de 1850, proibia o tráfico de negros vindos da África e como consequência o número de escravizados diminuiu muito.
Outros fatores que contribuíram para a redução dessa população foram a Guerra do Paraguai, na qual muitos morreram ou conseguiram a liberdade, a epidemia de varíola e a Lei do Ventre Livre, de 1871, que libertou todos os filhos de escravizados nascidos a partir daquela data.
Rui Barbosa também teve papel importante no processo de libertação com a Lei dos Sexagenários, que libertou em 1885 todos os negros maiores de 65 anos.
O país vivia sob grande pressão social. Aumentava muito a fuga de negros com enfrentamentos e roubos, o que provocava prejuízos aos fazendeiros.
Por sua vez, nos últimos anos da escravidão, o Exército passou a se recusar a fazer o papel de capitão do mato, isto é, de sair à captura daqueles que conseguiam fugir.
Na luta pela liberdade, grupos de abolicionistas, conhecidos como Caifases que promoviam a fuga dos escravizados, perseguiam os capitães-do-mato e ameaçavam os fazendeiros.
Em 1886, a Câmara Geral proibiu o açoite e após mais de 350 anos de escravidão e um processo longo que custou a vida de muitos, em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea aboliu a prática no país, declarando em seu artigo primeiro a extinção da escravidão no Brasil.
