Especialistas compartilham experiências de combate à fome e à pobreza

Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco

O Brasil  é exemplo de combate à pobreza, afirma  a ministra Tereza Campello Elza Fiuza/Agência Brasil
Especialistas brasileiros e estrangeiros estão reunidos em Brasília para discutir formas de medir a pobreza e políticas sociais para superá-la, por meio do compartilhamento das experiências brasileiras e de outros países. O 1º Seminário Internacional WWP – Um Mundo sem Pobreza é promovido pela Iniciativa Brasileira de Aprendizagem por um Mundo sem Pobreza – World Without Poverty (WWP), parceria do governo brasileiro com o Banco Mundial e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (Pnud).

Segundo a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, o Brasil é um dos principais exemplos de combate à pobreza. “Essa plataforma, que é o WWP [World Without Poverty, Um Mundo sem Pobreza], foi construída aqui porque o Brasil é hoje o maior exemplo de um país que consegue crescer, e, ao mesmo tempo, reduzir pobreza e desigualdades. Estamos fazendo o primeiro seminário internacional aqui porque nossa experiência serve de estímulo para que outros países sigam esse caminho e para mostrar que é possível”.

O representante do Pnud no Brasil, Jorge Chediek, destacou que o seminário ocorre em um momento importante do debate sobre a pobreza no mundo, já que a nova agenda do desenvolvimento está sendo preparada. A Organização das Nações Unidas está definindo os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável que vão substituir, em 2015, os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio.

Chediek, do Pnud, destaca compromisso do país de eliminar pobreza e fome Elza Fiuza/Agência Brasil
“O Brasil assumiu o compromisso de eliminar as mazelas históricas de pobreza e fome e tem mostrado ao mundo que, com forte comprometimento político e boas políticas públicas, é possível mudar em uma geração”, afirmou Chediek.

O professor James Foster, da Universidade George Washington, ressaltou a importância da construção de um Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) pelos países.Para ele, a pobreza deve ser vista de forma mais abrangente, e não apenas econômica. O IPM deve levar em conta, entre outros temas, saúde, educação, mortalidade infantil, subnutrição e serviços públicos.

Em julho, o Pnud apresentou o Relatório de Desenvolvimento Humano de 2014. Além de publicar o ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 187 países, o documento trouxe o IPM para 91 países. Segundo o Pnud, o índice de brasileiros em situação de pobreza multidimensional caiu 22,5% em seis anos.

“As pessoas não melhoraram só a renda. Melhoraram do ponto de vista multidimensional, ou seja, um conjunto de ações garantiu que as pessoas conseguissem ter acesso a bens e direitos”, acrescentou a ministra.

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