Frame: Verdade na Prática |
Oh Saudade
Oh Saudade, cruel dama da noite que inflama o coração do solitário.
Até quando desprezarás as canções dos que amam?
Até quando rejeitarás os versos dos poetas?
Até quando usarás a lua e as estrelas como teus algozes?
Oh Saudade, tu que espezinhas aquele fica e o que se foi.
Até quando te banharás nas lágrimas dos imigrantes?
Até quando te deliciarás nos choros dos órfãos?
Até quando encurtarás teus passos nesta longa caminhada?
Oh Saudade, senhora do crono,
Até quando atrasarás as horas das chegadas?
Até quando adiantarás as horas das partidas?
Até quando insistirás em estar presente?
Oh Saudade, como podes matar-me com doces lembranças?
Até quando usarás o amor para infligir o teu mal?
Até quando usarás os abraços para abandonar-me?
Até quando usarás o sorriso para me levar ao pranto?
Oh Saudade, até quando?
Autor: Luis Alexandre Ribeiro Branco
Tambem publicado em:
Cascais - Lisboa - Portugal
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Geraldo Brandão
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