![]() |
Foto: Ilustração |
Nesta coluna, teremos sempre alguns pequenos textos conhecidos como microcontos. Parece simples compô-los, mas não o é. Para os compor, o autor deve dispor de uma boa ideia primária a ser desenvolvida, combinada com alguma habilidade para brincar com as palavras, tudo a se encaminhar para um final contraditório, nalguns casos, ou surpreendente, noutros.
232
— Vem! Vai ter bolo. Convidava para o seu aniversário. Teve torta realmente, mas os colegas de faculdade deram um bolo e não apareceram.
Autor: Gustavo do Carmo
Perdas
Perdeu o amigo, mas não perdeu a piada, que estava anotada em um papel, em seu bolso. Já o amigo, completamente bêbado, havia se misturado aos brincantes de um bloco de carnaval que passava.
Autor: Marcos Mairton
Gente ruim
Ela é o último remédio genérico na farmácia clandestina da Comunidade.
Autora: Zi Carloni
O desatento
Enquanto cortava o cabelo dos clientes, o cabeleireiro músico cantarolava feliz da vida. De repente, o cliente perguntou-lhe se cortava pelo de ouvido. Distraidamente, respondeu-lhe que não, só por música.
Autor: Magno Reis Andrade
1244
As palavras vem e vão, de tempos em tempos, até que param de vir e só sobra o silêncio, apenas o silêncio. Mas sempre dá pra cantar uma música, ligar o rádio, ou falar sozinho.
Autor: Lucas Beça
730
O amor fez morada no seu coração.
Mas todos os amores decidiram ser apenas inquilinos.
Autor: Cynthia Nogueira
-----------------------------------
Geraldo Brandão
Também publicado em
Santa Isabel - São Paulo - Brasil
SIGA-NOS
Para seguir o Jornal da Cabriola e receber nossas atualizações clique na imagem abaixo:
![]() |
Se não entrar CLIQUE AQUI |