Foto: Verdade na Prática |
Um flagelo silencioso
Em minha noite sombria,
Rodeei o teu túmulo.
A cada volta minha perguntava por ti,
Mas ninguém respondia-me cousa alguma,
Dentre os horrores da morte jaz o silêncio.
Num desespero de saudade segui pela rua a chamar pelo teu nome.
Gritei por ti como uma criança desesperada,
Mas ninguém ouvia-me.
Quisera eu ouvir uma vez mais: “Fala filho!”
O silêncio se impôs entre nós, entre teu mundo e meu.
Uma casa fechada aguarda a chegada de quem não vem.
Com saudades tuas até as paredes choram.
Choro eu, chora a casa, chora o passado e o futuro interrompido por tua partida.
Já não é aquele choro ruidoso, é o choro da saudade,
Silencioso, frio e cruel.
Dizem-me para ultrapassar esta fase,
Dizem-me que que a morte é natural,
Dizem-me que é preciso esquecer.
Dizem-me aqueles que nunca perderam-te
E nem amaram-te o quanto te amei.
Continuarei a ter sonhos,
Continuarei a ter saudades,
Continuarei a resistir o flagelo que o destino me impôs,
Continuarei reticente com os conselhos vazios,
Continuarei a sofrer por ter amado-te e por ter sido amado por ti.
Autor: Luis Alexandre Ribeiro Branco
Tambem publicado em:
Cascais - Lisboa - Portugal
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Geraldo Brandão
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