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Microcontos: Estante CCVI...

Foto: Ilustração

Nesta coluna, teremos sempre alguns pequenos textos conhecidos como microcontos. Parece simples compô-los, mas não o é. Para os compor, o autor deve dispor de uma boa ideia primária a ser desenvolvida, combinada com alguma habilidade para brincar com as palavras, tudo a se encaminhar para um final contraditório, nalguns casos, ou surpreendente, noutros. 


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Fez uma varredura no sistema dos computadores em rede. Jogou os vírus para debaixo do tapete.


Autor: Gustavo do Carmo




Solidão coletiva 


Era um sujeito muito gregário. Estava sempre rodeado de pessoas.

Um dia, sentindo necessidade de um encontro consigo mesmo, decidiu passar um fim de semana inteiro sozinho.

Gostou tanto da ideia que convenceu 40 pessoas a ficarem sozinhas com ele.



Autor: Marcos Mairton


 


Assassina faminta


Sempre faminta, assassinava em série. Da primeira a quinta, matou aulas para traçar a comida e acabar com a fome. Bebeu toda a água do pote e matou a sede.  Deitou-se na praça  e matou o tempo que ainda restava.


Autora: Zi Carloni





223


Dizer que a empresa ia bem era uma grande falácia. Na verdade, nela ninguém trabalhava, só falava, falava, até o dia em que o juiz decretou a falência.


Autor: Magno Reis Andrade




254


- Amanhã o mundo vai acabar.
- Putz... Sério? É melhor eu ir pagar a vendinha da esquina hoje, então.


Autor: Lucas Beça




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Geraldo Brandão


Também publicado em


Umas Linhas


Santa Isabel - São Paulo - Brasil


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