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Microcontos: Estante LXXIV...

Foto: Ilustração

Nesta coluna, teremos sempre alguns pequenos textos conhecidos como microcontos. Parece simples compô-los, mas não o é. Para os compor, o autor deve dispor de uma boa ideia primária a ser desenvolvida, combinada com alguma habilidade para brincar com as palavras, tudo a se encaminhar para um final contraditório, nalguns casos, ou surpreendente, noutros. 



Hora de colher

Apesar de haver garfos e facas sobre a mesa, nada disso foi utilizado.

Não era hora. Serviram sopa.

A hora era de colher.


Autor: Marcos Mairton





Raiva Refletida

Ela anda com tanta raiva de mulher, que tem penteado seus cabelos de costas pro espelho.


Autora: Zi Carloni




Extras de fim de carnaval


Letras enigmáticas

Foi ao Sambódromo da Marquês de Sapucaí assistir ao desfile das escolas de samba. Ficou maravilhado, entendeu tudo, exceto as letras dos sambas de enredo repetidos à exaustão no modo moto-contínuo.


Conversão

Muito conservador, foi ao Sambódromo da Marquês de Sapucaí ver o desfilar das escolas de samba. Percebeu que muitas mulheres estavam quase nuas, outras, nuas. Ficou lá mesmo. Lamentou o final do desfile.


Sem surpresas

Este ano – tanto quanto nos anteriores - não haverá surpresas na divulgação do resultado do desfile das escolas de samba cariocas. A escola campeã comemorará a bela vitória. A vice não se conformará com o resultado.


Autor: Magno Reis Andrade




809

Seu sonho era se tornar o maior vilão do mundo. Ao praticar a sua maior vilania, o super-herói da cidade estava de ressaca.


Autor: Lucas Beça







Também publicado em


Santa Isabel - São Paulo - Brasil

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Geraldo Brandão

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