O mundo, ao mesmo tempo que sonha com uma vacina eficaz contra o Covid-19, teme a disputa de alguns em ser o primeiro a disponibilizar a mesma.
Não lembra nem de longe um estudo científico mas sim, um campeonato esportivo.
A Rússia, por exemplo, anunciou que pretende disponibilizar uma vacina ainda em agosto de 2020, sendo assim, será o primeiro país a "vencer" a corrida pela descoberta da imunização das pessoas contra o coronavirus, o Covid-19.
Isso tem provocado grande preocupação com relação a segurança das pessoas assim como, da sua eficácia tanto na população quanto no meio científico.
Essa vacina vem sendo testada e produzida pelo Instituto Gamaleya da cidade de Moscou.
No entanto, o governo da Rússia ainda não divulgou nenhuma informação sobre os testes que vêm sendo realizados, não se sabe se todas as etapas normalmente seguidas até a aprovação de uma vacina ou qualquer outro medicamento vem sendo cumpridos.
Segundo Kirill Dmitriev, diretor do fundo soberano da Rússia, que financia a pesquisa de vacinas, declarou que "assim como na corrida espacial, os russos chegarão primeiro, surpreendendo os Estados Unidos", comparando ao ano de 1957 em que a União Soviética lançou no espaço o primeiro satélite.
Os cientistas russos alegam que, "o desenvolvimento da imunização caminha de forma acelerada porque é uma versão modificada de uma vacina já usada para combater outras doenças. O aproveitamento de doses utilizadas para outras enfermidades é uma tática adotada não só pelo Instituto Gamaleya, mas por uma série de países e empresas. Os profissionais de saúde serão os primeiros a serem vacinados, quando se dará a terceira fase dos testes"
A vice primeira ministra Tatyana Golikova, afirmou que, "o país planeja começar a produzir mais duas vacinas nos meses de setembro e outubro. Uma produzida no mês de setembro através da parceria do Instituto Gamaleya e pelo 48° Instituto de Pesquisa do Ministério da Defesa, a outra, em outubro, desenvolvida pelo Centro Vektor de Rospotrebandzor."
Por outro lado, pelo mundo, são mais de 150 candidatas a vacina que estão em estudo sendo que, apenas 23 delas se encontram no estágio de testes em humanos.
A maioria dos laboratórios, alertam que terão muito trabalho pela frente até que possam ser aprovadas.
Nessa corrida, os Estados Unidos, estão prevendo a liberação de uma vacina no mês de novembro de 2020.
Já a Alemanha, o governo de Angela Merkel, prevê que, "só será possível que uma vacina esteja amplamente disponível no país em meados de 2021."
Algumas outras vacinas em fase de testes são:
A da empresa farmacêutica norte americana Moderna, que irá começar a fase 3 dos testes;
A da Universidade Oxford em parceria com a farmacêutica britânica AstraZeneca que está na fase 3 dos testes;
A da empresa chinesa Sinovac Biontech iniciando também a gase 3 dos testes.
(Essas duas últimas começaram a fazer os testes em humanos tambem no Brasil).
Geraldo Brandão