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Notícias da vacina contra o Covid-19. O que temos até esse momento.

O Covid-19 tem gerado uma corrida nos estudos e pesquisas para desenvolver uma vacina realmente eficiente para imunizar as pessoas.
Pelo mundo já são em torno de 140 pesquisas sendo realizadas em busca dessa vacina que devem passar por algumas etapas até poderem receber a aprovação para ser aplicada na população.

São estudos pré-clínicos os quais não são aplicados em humanos e mais três etapas de testes clínicos onde são verificadas a segurança e eficácia, assim como a fase da sua aprovação.

Dessas pesquisas, perto de 30 já iniciaram os testes clínicos sendo que menos de 10 apenas estão na fase 3 que é a mais avançada com relação a eficácia mais perto portanto de sua aprovação no caso de ser comprovada a sua segurança e de serem eficazes.

Entre essas 10, está a ChAdOx1 nCoV-19 ou AZD1222, que ficou na linguagem popular conhecida pelo nome de vacina de Oxford, já que está sendo desenvolvida na universidade inglesa de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.

Hoje, segunda-feira dia 20 de julho, os resultados obtidos nas primeiras etapas, 1 e 2, foram divulgados através da publicação na plataforma The Lancet, indicando ser ela segura e capaz de desenvolver no sistema imunológico condições para combater o vírus no ser humano.

Isso foi bastante comemorando por todos. Foram realizados os testes em 1.077 voluntários, nos quais gerou a produção de anticorpos e glóbulos brancos que são capazes de combater o Covid-19.

No entanto, esses glóbulos brancos levam 14 dias após a vacinação sendo o de anticorpos, 28 dias. Um fato que ainda está deixando os cientistas com dúvidas se refere ao tempo de duração dessa imunidade, se será de curto ou longo prazo.

Segundo a professora Sarah Gilbert, da Universidade de Oxford, "Foram identificados alguns efeitos colaterais. Cerca de 70% das pessoas envolvidas nos testes tiveram febre ou dor de cabeça." Acrescentando ainda que, "Há muito trabalho ainda a ser feito antes de podermos confirmar que nossa vacina vai ajudar a lidar com a pandemia de covid-19, mas os resultados preliminares são promissórias".

Aqui no Brasil estão sendo testados mil voluntários que serão acompanhados pelo período de um ano pela Fiocruz que também fechou um acordo com a AstraZeneca para a compra de lotes da vacina assim como da transferência de tecnologia. Com isso, ela poderá ser produzida  aqui mesmo no Brasil mas apenas no começo do próximo ano (2021).

Em entrevista a CNN Brasil, Julio Croda, pesquisador da Fiocruz disse que "Ainda é cedo para comemorar, já que a atual fase de testes pode durar até um ano para que o medicamento seja aprovado para uso da população."

Menos otimista foi Kate Bingham, lider da força-tarefa do governo inglês para vacinas, quando afirmou que, "O fato de haver tantas candidatas promissoras mostra o ritmo sem precedentes no desenvolvimento de uma vacina, processo que costuma levar quase uma década."

Acrescentou ainda Kate Bingham que, "O fato é que nós podemos nunca obter uma vacina e que se nós conseguirmos uma, temos que estar preparados para ela ser uma vacina que não evita contra o vírus, mas sim ameniza os sintomas."

Geraldo Brandão