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Conflito entre poderes.

Depois das declarações do Ministro Gilmar Mendes no sábado dia 11 de julho à noite que, "o Exército se associa a um genocídio",
se referindo a presença de membros das Forças Armadas estarem comandando o Ministério da Saúde, em um momento onde o país está vivendo a pandemia do coronavírus, e que aconteceram mais de 70 mil falecimentos, houve um descontentamento das forças armadas.

Na segunda-feira dia 13 de julho, o Ministério da Defesa emitiu uma nota assinada pelo Ministro Fernando Azevedo e Silva, pelo Comandante da Marinha Ilques Barbosa Júnior, pelo Comandante do Exército  Edson Leal Pujol e pelo Comandante da Aeronáutica Antônio Carlos Moretti Bermudez repudiando as palavras do Ministro do STF. Veja abaixo.


AS Forças Armadas ainda esperam um pedido de desculpas por parte do Ministro Gilmar Mendes e não desistiram de acionar o procurador-geral da República, Augusto Aras. Ainda na segunda-feira dia 13 de julho, o Ministro da Defesa Fernando Azevedo, falou da "intenção de enviar uma representação à PGR contra Gilmar Mendes".

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) o Ministro Dias Toffoli está tentando conter o crescimento da crise que foi gerada, entrando em contato com os militares ressaltando o apreço que tem em relação às Forças Armadas.

O presidente do STF, Dias Toffoli, telefonou, para o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e tambem para o Ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, tentando acalmar os ânimos.

Toffoli ressaltou nos contatos que manteve que, "a visão do ministro Gilmar Mendes não representa o pensamento do STF, que atua, com os demais poderes, para amenizar os impactos da pandemia do covid-19."

Essa iniciativa de Dias Toffoli foi bem recebida porem, interlocutores do governo e dos militares afirmam que esses "ainda esperam um pedido de desculpas e não desistiram de acionar o procurador-geral da República, Augusto Aras."

Por outro lado, o Ministro Gilmar Mendes, continua afirmando que, "mantém a tranquilidade quanto à legalidade das suas declarações, embora saiba que foram bem polêmicas".

A posição do Ministro da Defesa e dos três Comandantes das Forças Armadas contam com o aval do Presidente Jair Bolsonaro bem como, no seu pronunciamento o vice-presidente Hamilton Mourão, disse que, "Mendes forçou a barra ao falar em associação a genocídio".

Também o Ministro Augusto Heleno, se pronunciou considerando, "esse episódio é uma injusta agressão".

Geraldo Brandão