Núcleo de Ópera da Bahia faz abertura da 15ª Semana de Museus

Patrimônio -



No dia 15/05 (segunda), o Núcleo de Ópera (NOP) da Bahia inicia oficialmente as atividades da programação cultural de 2017 no Palácio da Aclamação, localizado no Campo Grande, abrindo a 15ª Semana de Museus Dimus/IPAC. No salão nobre do solar oitocentista, às 19h, acontecerá uma mesa de abertura e logo após serão realizadas performances musicais. (veja programação detalhada abaixo).

Além dessa abertura, os museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) e Diretoria de Museus (Dimus) estarão participando da 15ª Semana de Museus que acontece de 15 a 21/05. Os espaços participam com atividades – gratuitas – especiais, a exemplo do projeto “Deu na Telha” realizado em parceria entre o Solar Ferrão, Museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica e Museu Tempostal (todos no Pelourinho). O período marca ainda o lançamento da campanha #MusEuSouMais.

A Semana dos Museus já é um evento consolidado através do sucesso de campanhas produzidas nos anos anteriores, quando foram utilizados os conceitos #MusEuVou, #MusEuCuido e #MusEuCurto. Para este ano, a campanha pretende configurar uma visão mais completa dos museus junto à opinião pública através da proposta #MusEuSouMais. O reforço fica na complementação: Museu é + História + Cultura + Conteúdo. Este último bem relacionado ao mundo digital, mídias online, expondo a face de vanguarda dos museus.

A campanha de mobilização e educação patrimonial #MusEuSouMais é realizada pela SecultBA/IPAC em parceria com Secretaria de Comunicação do Estado da Bahia (SECOM). Dentre as peças – criadas pela agência Objectiva - estão: flâmulas para as fachadas dos museus; spot de 30’’ para rádio; outdoors; vídeos interativos, onde o usuário interage diretamente com a plataforma; vídeos interativos 360º de alguns museus para que o público possa conhecer melhor esses espaços e seus acervos; fotos interativas 360° de alguns museus; álbuns de fotos dos museus e seus acervos; e – destaque – uma ação dentro dos vagões nas duas linhas de metrô com a moldura do layout da campanha nas janelas dos vagões, chamando os soteropolitanos a participarem e se engajarem com a campanha.

No digital o propósito é poder reforçar toda a exposição que já estará sendo feita através dos meios off, trazendo a campanha para o dia-a-dia do público, fazendo com que eles consumam essa informação de forma natural, agregando a entrega na sua leitura e consumo diário em diferentes plataformas. Serão contemplados os sites através do display, todos os museus serão mapeados através do waze e do formato de push notification, atraindo as pessoas que moram nas regiões próximas e as pessoas que estarão passando no circuito, além disso diversas peças para as redes sociais: facebook, instagram e twitter.

A Semana de Museus
A Semana Nacional de Museus é uma temporada cultural coordenada pelo Ibram que acontece todo ano em comemoração ao Dia Internacional dos Museus (18 de maio). A 15ª Semana de Museus acontecerá de 15 a 21/05 nos diversos museus do Brasil, com a temática “Museus e histórias controversas: dizer o indizível em museus”. Reúne mais de 1 mil museus de todo o país, oferecendo ao público 3 mil atividades especiais como visitas mediadas, palestras e oficinas.

"A nossa grande novidade para a Semana de Museus deste ano é a completa integração entre estas instituições e o mundo digital. Estamos nos valendo de recursos tecnológicos avançados pra atrair o povo das redes sociais a visitar nossos museus e usufruir de seus acervos", declara Jorge Portugal, Secretário de Cultura do Estado da Bahia, fazendo uma referência direta à campanha #MusEuSouMais.

“O tema da 15ª Semana de Museus – Museus e histórias controversas: dizer o indizível em museus - sem dúvida é um tema que sugere uma reflexão profunda, não só sobre o discurso produzido pelos museus a partir dos seus acervos, como também, sobre o papel e a responsabilidade do museu enquanto uma instituição comprometida com a educação, a cultura e consequentemente com o desenvolvimento social, face às necessidades e questionamentos da sociedade atual que precisam ser discutidos, compartilhados e jamais silenciados”, declara Fátima Soledade, assessora técnica da DIMUS.

“Este conceito permite uma importante reflexão e compreensão para os últimos três anos da campanha do #MusEuCurt; os aspectos que foram construídos, os avanços, principalmente na sua relação com o público e sociedade, mas também a compreensão e a necessária reflexão sobre como melhorar e apresentar esses equipamentos, de forma física, mas qualitativa. Desde o início da primeira campanha fomos marcados por uma gestão que busca diminuir bastante os gastos com operacional, terceirização e, a partir dessa dimensão de gastos, um esforço cada vez maior das equipes e dos gestores no sentido de uma modernização. Alguns projetos foram muito importantes nesse período e nos ajudaram a compreender que o próximo passo é exatamente a modernização dos equipamentos. Temos também que compreender que uma nova geração de usuários, uma nova geração de pessoas, precisa ser formada numa perspectiva de que o museu é um equipamento para além daquele conceito de um espaço estático, mas sim de uma relação muito dinâmica, direta, na formação de um padrão cultural da sociedade baiana”, declara João Carlos Oliveira, diretor do IPAC.

“Podemos compreender os museus como agentes da assimilação de histórias traumáticas de nossas sociedades, graças a mediação e a pluralidade de pontos de vista. Desvelar essas memórias sobretudo aquelas que infringiram direitos humanos podem trazer à lembrança traumas passados que ainda não cicatrizaram. Muitas vezes é difícil abordar esses acontecimentos, através da palavra. Daí o favorecimento do papel ativo dos museus na expressão do indizível através das obras de arte. Estas, muitas vezes representam uma verdadeira catarse, fazem colocar para fora aquilo que nos adoece. Não seria esta a razão pela qual as obras contidas nos museus de arte tocam tanto os seus espectadores? É o indizível, o não abordável que passa a ser dito através da arte”, declara a diretora do MAM, Ana Liberato.

“‘Museus e histórias controversas: dizer o indizível em museus’ é um tema que deve estar sempre em pauta. Mesmo com as dificuldades enfrentadas pelos espaços museais de todo o mundo, há sempre que se discutir, junto a comunidade, o passado e o presente, para enfrentarmos o nosso futuro. Esta é a importância dos museus: torná-los necessários e presentes na vida das pessoas e da cidade”, disse Murilo Ribeiro, diretor do Palacete das Artes.

Em Salvador, o IPAC/SecultBA é responsável pelo Museu de Arte Moderna (Avenida Contorno), Palacete das Artes (Graça), Palácio da Aclamação/Passeio Público (Campo Grande), Museu de Arte da Bahia (Corredor da Vitória), Solar Ferrão, Praça das Artes, museus Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica e Tempostal (Pelourinho). No interior, os museus do Recolhimento dos Humildes (Santo Amaro), Wanderley Pinho (Candeias) e Parque Histórico Castro Alves (Cabaceiras do Paraguaçu).

Acompanhe a programação dos museus do Estado no blog: https://dimusbahia.wordpress.com/