Renan Calheiros nega que tenha sido procurado por Aloizio Mercadante

Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso



O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou hoje (15) nota pública negando contato com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para tratar da prisão do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS, agora sem partido).

Em depoimento de delação premiada, homologado hoje pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Delcídio diz que Mercadante procurou o assessor dele Eduardo Marzagão para pedir que o senador não firmasse acordo de delação premiada.

Em troca, o ministro disse que procuraria o presidente do Senado e o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, para tentar reverter a prisão de Delcídio e um eventual processo de cassação do mandato dele no Conselho de Ética do Senado.

“O presidente do Senado, senador Renan Calheiros, não foi e nem poderia ser procurado pelo ministro da Educação para tratar de nenhum dos assuntos relacionados na referida reportagem. Como se sabe, a alegada moção não existiu”, afirmou a nota divulgada pela assessoria de Calheiros em referência a uma moção proposta por Mercadante para que os senadores pedissem ao ministro Teori Zavaski que revisse a decisão de manter Delcídio preso.

De acordo com a assessoria, a gravação feita por Marzagão também foi desqualificada por Renan Calheiros. “O senador afirma ainda que são totalmente improcedentes as citações feitas pelo senhor José Eduardo Mazagão. As referências não condizem com o perfil do senador”, acrescentou a nota.

A delação premiada de Delcídio do Amaral foi homologada nesta terça-feira pelo minsitro Teori Zavascki. Nela, o senador faz menção a Renan Calheiros, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, à presidenta Dilma Rousseff, ao presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), entre outros políticos.