Ministros da Saúde do Mercosul discutem em Montevidéu combate ao Aedes aegypti

Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto



Em reunião da Celac, Brasil propôs aos líderes dos demais países cooperação para eliminar o mosquitoFernando Frazão/Agência Brasil

Os ministros da Saúde dos países do Mercosul vão se reunir hoje (3) em Montevidéu, no Uruguai, para discutir medidas conjuntas de combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, a febre chikungunya e o vírus Zika, relacionado ao aumento de casos de microcefalia no país.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, vai representar o país no encontro. A reunião será aberta a integrantes da Comunidade dos Estados Latino-Americanos (Celac) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Ao participar, no Equador, da cúpula da Celac, a presidenta Dilma Rousseff disse que propôs aos líderes dos demais países cooperação para eliminar o mosquito.

OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou segunda-feira (1º) Emergência de Saúde Pública de importância internacional por causado vírus Zika e sua possível associação com a microcefalia e síndromes neurológicas.

A decisão foi recomendada pelo Comitê de Emergência da OMS à diretora-geral da organização, Margaret Chan, com base nas informações técnicas de entendimento do vírus Zika repassadas pelo Brasil, a França, os Estados Unidos e El Salvador. Em entrevista, Margaret destacou que ainda é necessário comprovar cientificamente a ligação entre infecções pelo vírus Zika em gestantes e casos de microcefalia em bebês. As evidências, entretanto, são consideradas fortes pelos especialistas do grupo.

A emergência de saúde pública de importância internacional é um evento extraordinário que exige uma resposta coordenada. Esse reconhecimento internacional deve facilitar a busca de parcerias em todo o mundo, reunindo esforços de governos e especialistas para enfrentar a situação.

No Brasil

No fim do ano passado, o Ministério da Saúde no Brasil estabeleceu a relação entre o aumento da microcefalia no Nordeste do país e a infecção por zika. De acordo com o último boletim, o ministério da Saúde confirma 404 casos de microcefalia e/ou outras alterações do sistema nervoso central, dos quais 17 estão relacionados ao vírus.