Como a meditação pode melhorar a sua vida de verdade, de acordo com a ciência

De Otavio Nadaleto


Não precisa usar quimono oriental, ir a um retiro nem nada do tipo. A meditação não necessariamente está ligada a cultos religiosos. Quem tem se interessado pelo assunto nos últimos anos é a ciência, que não para de fazer descobertas animadoras sobre os benefícios da prática – não à toa, tem cada vez mais gente de terno sentado em posição de flor de lótus.

“Meditação é autoconhecimento, é observar o que se passa dentro de nós e como reagimos a isso. Consiste em atentar para aspectos externos (como o trânsito, a violência) e internos (medo, cobiça…), com os quais as pessoas convivem e acham normais, mas que não são saudáveis”, afirma Rubens de Aguiar Maciel, coordenador do Programa de Meditação Aplicada à Saúde e Bem-Estar da Universidade de São Paulo (USP).

E não pense que meditar é igual a relaxar. “A meditação é um processo ativo, contínuo, na maneira de viver, que leva você a um estado de relaxamento sustentado. É diferente de ficar 15 minutos isolado em uma sala e, ao sair, continuar reagindo com a realidade da mesma forma, que gera estresse”, explica Maciel. Conseguir um bom instrutor, para auxiliar na introdução à prática, é a melhor forma de garantir bons resultados.


Listamos abaixo três bons motivos – segundo a ciência – para você começar a meditar.

1. Reduz o estresse
Estudo da Universidade de Califórnia (EUA) mostrou que, no longo prazo, meditar reduz os níveis de adrenalina e cortisol (hormônios ligados ao estresse) e aumenta a endorfina (neurotransmissor associado ao prazer).

2. Diminui a ansiedade
Pesquisadores de Harvard (EUA) observaram que, após oito semanas de meditação, pacientes apresentaram alterações na amígdala cerebral, que controla emoções e está ligada à ansiedade e ao estresse.

3. Melhora o sono
Pesquisas do Northwestern Memorial Hospital, de Illinois (EUA), fizeram pessoas de 25 a 45 anos que sofriam de insônia crônica meditarem por dois meses. Passado esse período, elas começaram a dormir duas horas a mais por dia e alcançaram níveis de sono REM mais próximos do considerado saudável.


Fonte: Brasil Post