O governo venezuelano rechaçou, em nota oficial, o que chamou de “manobra midiática”, as tentativas de grupos de direita nacional e internacional que tentaram "construir à base de mentiras" os episódios envolvendo a visita de uma comissão de senadores brasileiros. Segundo a nota, “os senadores chegaram ao país com o único propósito de desestabilizar a democracia venezuelana, gerar confusão e conflito entre os países irmãos [Brasil e Venezuela]”.
Na nota, o governo de Nicolás Maduro reitera parceria com o BrasilArquivo Agência Brasil Soares |
De acordo com o governo, em nenhum momento a segurança e a integridade dos senadores do Brasil foi posta em risco. Na nota, o governo afirma dispor de vídeos e fotografias que mostram a interação dos senadores com os ativistas políticos que se encontravam em campanha eleitoral para as eleições deste ano, no país. A alegação é de que havia um efetivo de segurança com batedores, patrulhas que acompanharam durante todo o tempo o grupo de brasileiros.
Na nota, o governo da Venezuela reitera os seus laços de amizade e cooperação com base no respeito mútuo, na não ingerência nos assuntos internos dos Estados e na autodeterminação dos povos com o Brasil. As autoridades do país destacam o “compromisso inabalável” em manter esses compromissos “acima de qualquer manobra divisionista” adotado contra a Venezuela.
Senadores brasileiros que foram visitar presos políticos de oposição ao governo de Nicolás MaduroAntonio Cruz/ Agência Brasil |
Integravam a missão oficial os senadores tucanos Aécio Neves (MG), Aloysio Nunes Ferreira (SP) e Cássio Cunha Lima (PB), além de Ronaldo Caiado (DEM-GO), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), José Agripino Maia (DEM-RN), Sérgio Petecão (PSD-TO) e José Medeiros (PPS-MT).