Estados Unidos anunciam novas sanções a funcionários venezuelanos

Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil/EBC Edição: Graça Adjuto

O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nessa segunda-feira (2) novas sanções a funcionários do governo venezuelano, com a suspensão de vistos em passaportes, após declarações do presidente Nicolás Maduro de que o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, estaria “por trás de um plano para derrubá-lo”.

“Esta [a sanção] é uma mensagem clara aos que violam os direitos humanos, aos que se beneficiam da corrupção. Eles e suas famílias não são bem-vindos aos Estados Unidos”, afirmou, em comunicado, a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

O governo americano não revelou a identidade dos funcionários venezuelanos que tiveram os vistos suspensos, mas em julho do ano passado a Casa Branca já havia imposto restrições a 24 integrantes do governo venezuelano. Na ocasião, a justificativa também foi a violação de direitos humanos.

Os Estados Unidos acusaram o governo de Nicolás Maduro de ter agido de maneira violenta na repressão aos protestos contra a gestão de Maduro.

A relação entre os dois países passa por momentos de reaproximação e de crise, intercalados. O presidente Nicolás Maduro acusa os Estados Unidos de ingerência e, por várias vezes, atribuiu a diplomatas americanos a responsabilidade por terem participado, financiado e incentivado os protestos de alguns setores da oposição venezuelana.

Após o anúncio das sanções, Nicolás Maduro chamou a população que o apoia a defender a "pátria" e voltou a acusar os Estados Unidos de ingerência nos assuntos internos do país.

A Venezuela enfrenta um período de escassez de produtos básicos, que se agravou nos últimos dois anos, e a população tem dificuldade para obter alimentos da cesta básica, além de enfrentar inflação alta e especulação financeira do bolívar em relação ao dólar.

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